O ministro da Energia e Águas, João baptista borges, anunciou, ontem, que a entrada em funcionamento da Central Fotovoltaica de Caraculo vai permitir a poupança de dinheiro com a compra de gasóleo para alimentar as centrais térmicas que abastecem as cidades do Lubango (capital da Huíla) e Moçâmedes (capital do Namibe)
O governante disse tratar-se de uma solução energética para a província do Namibe, que vai permitir que se tenha uma energia mais barata cuja fonte é renovável. Resultante de uma parceria público-privada, a central construída na localidade de Caraculo, a 60 quilómetros da cidade de Moçâmedes, custou um total de USD 42 milhões.
Com uma capacidade de produção de 25 KiloWatts, o financiamento para a construção da Central Fotovoltaica de Caraculo foi feito pela Sonangol e Azul Energy, no âmbito de uma parceria denominada SOLENOVA, que visa a substituição das fontes de energia com efeito estufa e reduzir o índice de emissão de dióxido de carbono com a queima de combustíveis. “Vamos ter mais poupança no gasto de combustível.
Só para ter uma ideia: anualmente consumimos cerca de 140 milhões de litros de gasóleo só para abastecer as duas cidades. Com este equipamento vamos de ter uma poupança de 18 milhões de litros por ano”, detalhou.
João Batista Borges garantiu que para que a energia produzida na província do Namibe chegue aos habitantes da província da Huíla, será necessário que a mesma seja ligada ao Sistema Nacional de Distribuição de Eletricidade, o que vai acontecer nos próximos dias. Por seu lado, o presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Sebastião Martins, disse que o objectivo da parceria entre a Sonangol e Azul Energy é colocar a empresa que dirige no mapas das que pretendem inserir-se na nova matriz energética.
O PCA da Songangol revelou que pretendem ainda reduzir ao máximo os efeitos causados com a produção de energia de fonte térmica que causam danos ao meio ambiente. “Nós vamos abraçar todos aqueles projectos que estejam dentro da nossa capacidade de acompanhamento. Temos estes projectos identificados, mas vamos também apoiar aqueles projectos que coloquem a Sonangol no mapa das empresas que apostam na transição energética”, frisou.
Acrescentou de seguida que “não vamos deixar de produzir o petróleo e gás, mas vamos fazê-lo com a responsabilidade de reduzir ao máximo os índices de emissão de gases com efeito estufa”. Por seu turno, o governador do Namibe, Archer Mangueira, disse que com a entrada em funcionamento da Central Fotovoltaica de Caraculo a província que dirige conhecerá novos desenvolvimentos no sector económico e social. Archer Mangueira apelou ao jovens da localidade de Caraculo a contribuírem na preservação dos equipamentos instalados para que estes possam servir aos fins para os quais foram concebidos.
“Queremos apelar aos jovens desta localidade para que possam contribuir na preservação destes meios de produção de energia, porque a energia gera desenvolvimento, mais empresários vão querer investir na nossa província e assim criar emprego para os nossos jovens”, adiantou. A Central Fotovoltaicas foi construída numa área de 2 hectares e conta com 46.312 painéis solares para a produção de energia, que para além de beneficiar as cidades do Lubango, Moçâmedes e Tômbwa, vai também abranger outros municípios do Namibe.