Um cidadão angolano e dois da República Democrática do Congo (RDC), com idades compreendidas entre 25 e 40 anos, que residiam na cidade de Cabinda, morreram, Sábado, vítimas de afogamento, na sequência do naufrágio da embarcação de pesca de fabrico artesanal em que seguiam após não terem resistido às fortes calemas
A província de Cabinda tem estado a registar, nos últimos dias, fortes calemas resultantes da agitação marítima nos municípios do litoral, nomeadamente Cabinda e Cacongo. Em função da ocorrência das calemas, no Sábado, uma embarcação de fabrico artesanal, que se fez ao mar dias antes, com quatro ocupantes a bordo, naufragou tendo causado a morte de três pesca- dores e o desaparecimento de um, cujas buscas estão em curso.
Para além das mortes, as cale- mas provocaram, igualmente, a destruição de seis embarcações de pesca e a antiga ponte-cais da vila de Lândana, município de Cacongo, bem como dificultou a descarga de combustível destinado para a província. Segundo o porta- voz do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros (SPCB) em Cabinda, Patrick Capita, tão logo a corpo- ração recebeu a informação sobre o desaparecimento dos pescadores no mar começaram, através da equipa de resgate e salvamento, os trabalhos de busca, que culminaram às 14 horas de Domingo com o resgate e a remoção dos três cidadãos, que respondiam pelos nomes de Zinga Chocolate Kibelo (angolano), Eritchie e Donpelé (da RDC).
Em declarações ao jornal OPAÍS, Patrick Capita disse que o regaste dos três pescadores ocorreu na orla marítima junto à aldeia do Chiazi, município de Cabinda e, até ao momento, continuam as buscas para se encontrar o corpo do quarto pescador que se encontrava a bordo da mesma embarcação. Segundo o sub-inspector bombeiro Patrick Capita, até ao momento as calemas continuam a fustigar os municípios de Cabinda e Cacongo, atingindo a altura de 4 a 6 metros, o que preocupa as autoridades do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros. Aquele órgão apela aos pescadores a absterem-se, nestes dias, de toda a actividade de pesca, devido à agitação marítima que se faz sentir, sobretudo, no município sede da província.
POR: Alberto Coelho, em Cabinda