A bacia hidrográfica do Cubango-Okavango desempenha um papel relevante no fornecimento de água para mais de um milhão de pessoas, revela um estudo realizado por pesquisadores da National Geographic (NG) que vai ser apresentado no I Fórum de investidores para a região Angola, a decorrer a partir de hoje até ao dia 22 deste mês, no Cuando Cubango
Os especialistas da NG vão apresentar também o sítio Ramsar, denominado por “Lisima Lya Mwono” (“Fonte da Vida”, em português), uma zona húmida de importância internacional, que cobre uma área de aproximadamente 53.000 quilómetros quadrados e sustenta a vida de várias espécies importantes de fauna e flora.
Os participantes ao referido evento, entre nacionais e estrangeiros, vão tomar contacto com os limites estabelecidos pela NG, em torno da Torre de Água das Terras Altas de Angola (Angola Highlands Water Tower – AHWT). Segundo uma nota da NG a que OPAÍS teve avesso, os dados indi- cam existir uma média de 423 quilómetros cúbicos de chuva a cair sobre a AHWT a cada ano, o que equivale a quase 170 milhões de piscinas olímpicas.
Tais dados apontam que a AHWT ocupa uma área de 380.382 quilómetros quadrados, fornecendo recursos de água doce para se- te países — Angola, Zâmbia, Zim- bábue, Moçambique, República Democrática do Congo, Namíbia e Botswana. “A AHWT fornece água para algumas das áreas de biodiversidade mais importantes do mundo, incluindo o Delta do Okavango, que fornece um habitat vital para espécies icónicas, incluindo a maior população remanescente de elefantes africanos em via de extinção”, fez saber.
Este estudo foi o primeiro a definir o limite da AHWT como uma área do Planalto Central do Bié em Angola acima de uma elevação de 1.274 metros. O NGOWP definiu o limite da AHWT usando 40 anos de dados regionais de precipitação. “Como a maioria das torres de água da África, a Torre de Água das Terras Altas de Angola carece de neve ou gelo”, explica.