Depois de a Faculdade de Medicina da Universidade Agostinho Neto (FMUAN) ver proibida a entrada de novos estudantes durante os próximos dois anos lectivos, por não ter o indicador desejado no que concerne à qualidade de ensino, eis que o Estado angolano torna público a contratação de docentes cubanos, inclusive para o sector da saúde.
Para suprir a carência de especialistas qualificados com conhecimentos e experiências necessários, o Presidente da República autorizou, num despacho presidencial tornado público ontem, a contratação de pessoal docente expatriado, para prestar serviço de docência nas instituições públicas de ensino superior, no âmbito do acordo de cooperação entre os dois governos no domínio da formação de quadros.
“É autorizada a despesa e formalizada a abertura do procedimento de contratação simplificada, pelo critério material, para adjudicação de dois contratos, sendo o primeiro para a aquisição de docentes cubanos nas áreas das ciências, engenharia e tecnologias, no valor de 15.406.355,29 de euros”, lê-se no despacho.
O mesmo documento diz que a segunda contratação tem a ver com docentes e profissionais nas áreas da medicina e das ciências da saúde, que será no valor de 19.558.207,71 de euros. Recorda-se que, após uma avaliação externa do Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI), em Março do corrente ano, a FMUAN ficou proibida de receber novos alunos nos próximos dois anos lectivos, embora as aulas nesta instituição possam continuar a decorrer. O MESCTI disse que a FMUAN tem que introduzir melhorias no seu curso e solicitar nova avaliação ao Ministério do Ensino Superior para aferir a melhoria para resolver este problema.