A administração lo- cal, por via do seu administrador, Nzua André, garantiu, em declarações ao jornal OPAIS, que, ao contrário do que se propalou, o que está a ocorrer é um pro- cesso de transferência normal de um total de 490 famílias que viviam em zonas de risco, no bairro Cassaca-2, para a localidade do Kieza Ginga
O administrador comunal de Calumbo, Nzua André, desmentiu as informações postas as circular sobre um suposto pro- cesso de demolição no bairro Cassaca-2, engendrado pela sua administração. Segundo o administrador, ao contrário do que se propalou, o que está a ocorrer é um processo de transferência normal dos moradores que viviam em zonas de risco no bairro Cassaca-2, para a localidade do Kieza Ginga.
Segundo Nzua André, o processo conta com o grosso de 490 famílias que, de forma ordeira e pacífica, estão a ser transferidas do Cassaca-2 para o Kieza Ginga, sem quaisquer contrariedades, como denunciaram algumas vozes opostas. De acordo com o governante, a zona em que estas 490 famílias viviam, na Cassaca-2, era um local de risco sem as mínimas condições de habitabilidade, o que colocava em risco a vida dos próprios habitantes, maior par-e deles desfavorecidos, que têm a pesca e agricultura como fontes de sobrevivência. Todavia, com vista a se garantir melhor qualidade de habitabilidade às famílias, entendeu- se por bem transferi-las para o bairro do Kieza Ginga, onde estão a ser criadas as condições possíveis para que os homens, mulheres e crianças do Cassaca-2 vivam com o mínimo de dignidade possível.
Direito de superfície garantido
De acordo ainda com Nzua André, o processo de transferência das 490 famílias teve início na passada semana, tendo, neste momento, a cifra já ter atingi- do um número acima das 200 famílias transferidas, sendo que as restantes vão ser alojadas ainda nos próximos dias. Para já, o administrador comunal garante que das condições criadas no bairro do Kieza Ginga constam o processo de loteamento dos terrenos e atribuição do direito de superfície.
Outrossim, tendo em conta que o projecto é para obras dirigidas, Nzua André referiu que a sua administração, com apoio de outros parceiros, está a proceder com à compra de alguns materiais que vão ajudar na construção das residências das famílias abrangi- das. “Mas, contudo, é um processo normal, sem constrangimento algum, em que as famílias, de forma voluntária, estão a participar e a ceder”, finalizou.