Para as novas chapas de matrículas, que estão a ser aplicadas desde o dia 10 de Janeiro, pela Direcção de Trânsito e Segurança Rodoviária(DTSER), estão quatro empresas fornecedoras de material e 80 empresas que irão aplicar as chapas. O novo modelo de chapa de matrícula, dada a característica inovadora que apresenta e o preço, vai se tornar num negócio lucrativo para muitas empresas. Saiba quem são os donos…
Diferente do que aconteceu aquando da medida relacionada com as peliculas autocolantes não reflectoras dos automóveis (vulgo vidros fumados), a DTSER ao fazer a apresentação do novo modelo de chapas de matrículas disponibilizou ao público em geral a lista das empresas envolvidas neste processo.
A partir do dia 10 de Janeiro do corrente ano, os novos veículos automóveis terão uma chapa de matrícula diferente da que actualmente se usa, e os que já se encontram em circulação, os condutores têm até dois anos para fazerem a troca deste material. Assim, na lista de empresas disponibilizadas pela DTSER chama a atenção a empresa N’IDEIAS Investimento, pelo facto de ser a que colocará matrículas no maior número de províncias, um total de nove.
A N’IDEIAS está representada em Luanda (no Morro Bento), Benguela, Bié, Cunene, Cuando Cubango, Lunda Norte, Huíla, Huambo e Moxico. Uma investigação feita pelo jor- nal OPAÍS foi possível aferir que a empresa com mais mercados, a N’IDEIAS Investimento, foi criada em 2015 e tem como sócios Aristóteles André Aleluia Ndulumba (80%) e seu filho Axel Ndulumba (com 20%) – que na altura da criação tinha sete meses de vida.
Aristóteles Ndulumba é arquitecto e a sua empresa (N’IDEIAS) também aparece na lista das 24 empresas que inicialmente tinham sido licenciadas para aplicação de películas autocolantes nas viaturas, na província do Huambo. Entretanto, este pro- cesso de licenciamento foi anulado após um pronunciamento da PN e deu-se a abertura a um novo concurso público.
Outra empresa que se destaca é a DESENVOLVE, que irá actuar em cinco províncias na colocação de chapas de matrículas, nomeadamente Luanda, Bengo, Benguela, Cuanza Sul e Malanje. No período embrionário da DESENVOLVE, Carlos Barros Manuel Leiria, o presidente da Associação Industrial de Angola em Benguela, aparece como um dos sócios (50%), com Solange Figueiredo Gonçalves, no ano 2000. Entretanto, em 2006, a DESENVOLVE decidiu aumentar o capital social, que inicialmente era de 500 Kz, para 100 mil Kz, divididos em 80% para Carlos Leiria e 20% para uma nova sócia identificada por Mana do Carmo da Conceição Quaresma.
Esta empresa, do presidente da AIA em Benguela, é uma das renomadas instituições que presta serviços de informática e publicidade.
Cuanza Norte e Namibe sem empresas concorrentes
A lista que temos vindo a citar apresenta, do total de 80, pelo menos 41 empresas que irão operar como aplicadoras de chapas de matrículas só na província de Luanda. A cidade de Benguela terá sete empresas; Huíla e Huambo terão cada uma cinco; Cabinda terá quatro; Cuanza Sul e Lunda Sul, cada três uma; Lunda Norte terá duas e o mesmo número de empresas vão actuar na província do Uíge. Nas províncias do Cuanza Norte e Namibe apenas uma empresa irá prestar este serviço.
Na primeira estará a TECNAGRI (localizada no município do Cazengo) e, na segunda, a E. R. Blocos (no município de Moçâmedes), estando livremente no mercado, sem nenhum concorrente. A TECNAGRI, empresa pertencente a dois casais portugueses, tinha inicialmente, em 2009, Henrique Manuel Ventura Simões e Ana Cristina Costa Seno como sócios, sendo o primeiro dono de 170 mil kz da participação social e, a segunda, de 30 mil kz.