O ministro dos Transportes da Zâmbia visitou várias infraestruturas no país. A extensão da linha férrea do Luau Copperbelt–Zâmbia é um dos assuntos que trouxe o governante a Angola
Por: Miguel Kitari
O “Corredor de Desenvolvimento Económico do Lobito”, concluído e “encalhado” desde 2014, por falta de investimentos da Zâmbia e do Congo Democrático, pode estar a viver uma nova era. Com a visita do ministro dos Transportes zambiano ao país, Abriam Muximba ficou a promessa de tudo ser feito no sentido da conclusão dos trabalhos de extensão da linha férrea do Caminho-de-ferro de Benguela (CFB).
“Ficamos satisfeitos com o que constatamos em termos de avanços nas infraestruturas do CFB. Agora vamos acelerar o processo de interligação das nossas linhas férreas”, prometeu, mas sem entrar em detalhes sobre datas para o arranque dos trabalhos.
Para o ministro dos Transportes de Angola, Augusto da Silva Tomás, “foi importante a vinda do ministro zambiano para constatar o nível do trabalho realizado aqui em Angola, para o transporte de minérios de Copperbelt – Zâmbia para Angola”, declarou o governante angolano.
Augusto Tomás referiu ainda que “será importante, com a conclusão da linha férrea, no sentido de alavancar a economia dos dois países”. Plataforma logística que engloba vários sub-sectores dos transportes, estima-se que o Corredor do Lobito tenha custado aos cofres do Estado mais de USD 5 mil milhões com a reabilitação de terminais portuários, Caminhos-de-ferro e aeroportos.
Embora não tenha sido entregue definitivamente, o reabilitado e modernizado Caminhoferro de Benguela foi reinaugurado a 14 de Fevereiro de 2014, em cerimónia orientada pelo então Presidente da República, José Eduardo dos Santos, e presenciada pelos Presidentes do Congo Democrático e da Zâmbia.
A importância do CFB
Angola possui uma importante infraestrutura que interessa o governo zambiano. Trata-se do “Corredor de Desenvolvimento do Lobito”, sobretudo o seu Caminho- de-ferro, que parte da cidade litorânea do Lobito, província de Benguela, atravessa o Huambo, Bié, Moxico e entra na Zâmbia. Importa referir que do lado de Angola a linha férrea já foi completamente reabilitada, cuja inauguração aconteceu em 2014, faltando apenas do lado do país vizinho.
Quando os trabalhos estiverem concluídos, prevê-se que sejam transportados minérios para Angola, para serem exportados a diferentes partes do mundo, através do Porto do Lobito, pois a Zâmbia é um país encravado.