A União Europeia (UE) prevê mobilizar 25 milhões de euros (1 euro equivale 911 kwanzas), em 2025, para financiar a economia azul em Angola, assegurou, ontem, em Luanda, a embaixadora de França em Angola, Sophie Aubert.
A diplomata prestou esta informação, à imprensa, à margem do encontro sobre Correntes Oceânicas (Blue Talk Ocean), promovido pelo Ministério das Pescas e Recursos Marinhos, em parceria com a Embaixada da França em Angola.
Sophie Aubert disse que a respectiva verba serve para reforçar a preservação dos recursos marinhos de forma sustentável.
Recordou que Angola e França trabalham juntos, há dois anos, com o “Navio Laboratório Terra” na campanha científica, o que reforçou os laços, sobretudo no sector das pescas.
Por seu turno, a directora Nacional para os Recursos Marinhos, Tânia Barreto, apresentou como prioridades mais indicativas do país a sustentabilidade dos recursos marinhos, a aquicultura e maricultura, sendo que esta última deverá ser desenvolvida onde haver condições favoráveis.
De acordo com a Angop, reiterou, igualmente, a contínua fiscalização e combate da pesca não declarada, assim como o reforço da segurança e a implementação dos processos a nível da Estratégia Nacional como outras prioridades do sector.
Segundo Tânia Barreto, Angola e eus parceiros vão continuar a trabalhar no desenvolvimento do conhecimento e da ciência, para que no futuro a contribuição dos oceanos sejam realmente o factor para o crescimento dos países da corrente fria de Benguela e do Golf da Guiné.
O encontro sobre Correntes Oceânicas, realizado de forma virtual, serviu também para apresentar o quadro global da 3.ª Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos, a ter lugar em Junho de 2025, em França, com destaque para três grandes prioridades: jurídica, económica e científica.
Durante o evento, os 17 peritos regionais expuseram as vertentes de investigação em África, em particular em Angola, avaliaram os mananciais pesqueiros e a sustentabilidade, bem como as áreas marinhas protegidas.
A economia azul tem várias componentes, mas Angola pretende apegar-se mais na componente de investigação, com o seu navio de investigação Baia Farta.