A maioria do volume está centrada nas exportações de Angola que, em termos práticos, rondam os 23 mil milhões de dólares em recursos petrolíferos para a China
As trocas comerciais entre Angola e China cifram-se, actualmente, em 27.8mil milhões de dólares, deu a conhecer a OPAIS o presidente da Câmara de Comércio Angola/China, Luís Cupenala. Segundo o responsável, a maior parte deste volume está centrada nas exportações de Angola que, em termos práticos, rondam a volta dos 23mil milhões de dólares em recursos petrolíferos para a China, a julgar pela caracterização da balança de pagamentos.
Já em termos de fluxos de investimentos, o presidente da Câmara de Comércio Angola/China explicou que Angola atingiu um valor de 123 milhões de dólares com o registo de redução de menos 2 por cento por conta do impacto da Covid-19 que abalou o mundo.
Todavia, com a abertura do mercado chinês, Luís Cupenala disse estar confiante de que os próximos tempos serão animadores nas trocas comerciais entre os dois países. “Pensamos que vamos aumentar a carteira de investimentos e o volume do fluxo comercial”, apontou. Relativamente ao investimento em stocks, Luís Cupenala referriu que Angola atingiu, em 2022, uma cifra de 24 mil milhões de dó- lares com a inclusão, igualmente, do sector do petrolífero. “Pensamos que há uma certa consistência de relações comerciais entre os dois países”, destacou.
Beber da experiência
Luís Cupenala disse ainda que a maior parte dos protagonistas que fizeram parte do processo de reformas políticas e econômicas da China, que a catapultou para a segunda maior economia do mundo, estão a operar em Angola e estão dispostos a trocar experiências para tornar o nosso país num verdadeiro celeiro do desenvolvimento.
Mobilização dos investimentos
Por outro lado, Luís Cupenala salientou que a Câmara de Comércio Angola/China continua a desenvolver um amplo programa de comunicação e apoio com os chineses que escolheram o território nacional para os seus investimentos e trabalhar com as autoridades para a protecção destes. Outrossim, apontou que a sua instituição continua, igualmente, a trabalhar na mobilização de mais investimentos da China para Angola.
“Estamos a trabalhar para uma maior interação e comunicação de formas a entender os desafios e os constrangimentos que a comunidade chinesa enfrenta”, explicou. Diversificação dos investimentos Noutra abordagem, Luís Cupenala afirmou que a Câmara de Comércio Angola/China está focada na diversificação dos investimentos provenientes deste país do oriente. Conforme frisou, os investimentos da China em Angola continuam a ser liderados pelo sector da construção.
Actualmente, frisou, há toda a necessidade de os chineses diversificarem a sua actuação, por causa das prioridades que o país precisa, sobretudo no sector da segurança alimentar. “A par dos investimentos que se está a fazer noutras áreas, os empresários devem ser mobilizados para apoiar o amplo programa de sustentabilidade alimentar”, atestou.