Para se inverter o quadro, a Administração Municipal do Tômbwa disponibilizou cerca de 225 hectares em zonas privilegiadas para a execução de dois projectos, nomeadamente, Casuarina e Restinga, virados para a construção de equipamento de apoio ao turismo, com destaque para a construção de hotéis, restaurantes e outros.
O administrador municipal do Tômbwa, Adilson Hachi, disse que para a execução destes projectos que vão servir para a arrecadação de mais receitas para o orçamento local por via do turismo, é imprescindível a participação do sector privado, com vista à criação de mais emprego para a juventude local.
De acordo com Adilson Hachi, para que a economia do município cresça, é necessário que se deixe de olhar para o sector das pescas, tido como o tradicional, como única fonte de vida das famílias naquela parcela do território nacional.
“O Tômbwa é um município riquíssimo, é conhecido pela actividade pesqueira, que domina a sua economia em todos os segmentos, quer industrial, semi-industrial e artesanal.
O Tômbwa vem, nos últimos tempos, despontar para outros sectores, com realce para o turismo, que é uma das variantes que dominam a nossa actividade económica no município.
Mas para isso, é necessário envolver forte mente o sector privado com a sua actividade empresarial, porque entendemos que, paralelamente ao Estado que absorve a maior parte da força de trabalho, é preciso que as iniciativas privadas possam, com o tempo, absorver outra parte da população”, perspectivou.
Por outro lado, o administrador municipal do Tômbwa disse que ainda não é visível a intervenção das iniciativas privadas na localidade que dirige, por isso, tem vindo a trabalhar na criação de um ambiente de negócios mais atractivo para os empresários locais e estrangeiros que queiram investir no município.
Falta de serviços hoteleiros preocupa AMT
O município do Tômbwa é conhecido também pelo seu potencial turístico, em que se descrevem em naturais, como é o caso das praias urbanas, a lagoa do arco, as colinas, o morro do soba e a Welwitchya, históricos-monumentais e culturais, que atraem anualmente milhares de turistas nacionais e internacionais.
Entretanto, a falta de infra-estruturas de apoio ao turismo, com destaque para hotéis e similares, faz com que os turistas passem pouco tempo no município, o que contribui para a fraca circulação monetária.
Turismo vs alojamentos.
O director municipal do Turismo no Tômbwa, António Kahunda, disse que o município recebe milhares de turistas que se encantam com a sua paisagem, no entanto, nenhum deles fica por muito tempo, o que acaba por contribuir para o desemprego de centenas de jovens que buscam por uma oportunidade.
“Nós temos uma baía que está a concorrer para uma das melhores baías a nível do mundo, mas uma baía que concorre nesta categoria não pode continuar virgem como a nossa, ela precisa de investimentos que tragam os serviços de apoio ao turismo para que o turista, quando chegar, não fique apenas por aquilo que a natureza por si só oferece, precisamos daqueles serviços como cama, restauração, lojas de artesanato e outros elementos secundários ao turismo, por isso, o administrador municipal tem como principal projecto a cedência de terrenos nestes locais”, revelou
POR:João Katombela, no Namibe