O administrador municipal do Tômbwa, Abelardo Lemba, disse que desde a implementação do referido programa, em 2023, apreenderam duas embarcações e cinco toneladas de pescados.
No entanto, a sua instituição tem mantido encontros regulares para colher contributos para melhor organização e sustentabilidade do sector pesqueiro.
De acordo com Abelardo Lemba, o pescado apreendido em consequência da pesca ilegal tem sido redistribuído para unidades sanitárias e comunidades em áreas remotas do município, nomeadamente, hospital municipal do Tômbwa, centro de saúde Felisberto João Agostinho, na Zona Sul e no Curoca.
As instituições de responsabilidades sociais existentes nas localidades do Pediva, Yona, Pinda Paiva, como os centros infantis 16 de Junho e 01 de Junho, também têm sido contempladas.
“O PROCOPI tem encorajado os pescadores e a comunidade a denunciarem práticas ilegais, contribuindo, assim, para uma maior fiscalização e protecção dos recursos marinhos.
As medidas implementadas à margem do programa incluem a monitorização das licenças de pesca, fiscalização, transportação e processo de salga e seca do pescado”, detalhou.
Abelardo Lemba explicou que as acções do PROCOPI reflectem um compromisso contínuo com a conservação ambiental e o bem-estar das comunidades pesqueiras. Tendo em conta os esforços conjuntos de vários órgãos do Estado, afirmou ser possível combater a pesca ilegal e promover um futuro mais sustentável para o Tômbwa.
Ressaltou que o peixe proveniente deste município abastece maior parte dos mercados pesqueiros do país, pelo que se reveste de elevada importância a preservação das espécies e a organização do segmento da pesca artesanal.
“A preservação das espécies marinhas e a organização da pesca artesanal são cruciais para a vida económica e social do município do Tômbwa, da província do Namibe e de Angola”, frisou o governante.
Abelardo Lemba garantiu que a administração municipal continua a colaborar com outras autoridades e associações para garantir que o sector pesqueiro opere de maneira sustentável e legal.
O PROCOPI foi criado em Dezembro de 2023, com o objectivo de proteger as espécies marinhas e reduzir a captura de peixe miúdo, uma prática prejudicial ao ecossistema e à economia local.