Dados da companhia aérea de bandeira nacional apontam que em 2017, só nas rotas internacionais, foram transportados 478.035 passageiros, contra os 438.076 de 2016, representando um aumento de 39.329 passageiros, enquanto nas rotas regionais, Maputo registou um crescimento de 775%
POR: Miguel Kitari
Apesar das dificuldades na obtenção de divisas no país, os angolanos, e não só, continuam a viajar, ao ponto de o número de passageiros transportados pela TAAG ter registado uma subida considerável em 2017, comparativamente ao ano anterior. O mapa da companhia aérea de bandeira referente a 2016/2017, revela um crescimento no último ano. Foram transportados, nas tas internacionais, 478.035, mais 39.329 comparativamente a 2016, representando um crescimento de 9%, ao passo que nas regionais foram 306.701, um crescimento de 27%. No total, foram transportados 784.736 passageiros.
Rota mais procurada Para Lisboa viajaram 283.163 passageiros, que representa um crescimento de 14%. No ano anterior, para o referido destino foram transportados 249.433. O número de pessoas que se deslocam de Luanda para a cidade do Porto-Portugal continua a subir. Assim, em 2017, 74.687 passageiros seguiram para aquela cidade portuguesa, contra os 64.978 do ano anterior, representando um acréscimo de 15%. São Paulo-Brasil, também continua a crescer em termos de opções dos passageiros, cuja demanda registou um crescimento de 24%, sendo que viajaram para São Paulo 64.154 passageiros, e em 2016 foram 51.624. Em sentido contrário, a ligação com o Rio de Janeiro, também no Brasil, registou uma queda de 5%, uma vez que em 2016 viajaram para aquela cidade 29.889, ao passo que no último ano foram 28.407.
O número de passageiros para Havana-Cuba também caiu de 15.844 para 15.491, no período em análise, uma quebra em 2%, tendo o mesmo acontecido com a rota Luanda- Paris-Luanda, em que a TAAG transportou 5.600 passageiros, e em 2017 foram 5.393, menos 4%. Para Londres, a companhia aérea foi responsável pelo transporte de 2.731, contra os 2.644 do ano anterior, uma subida de 3%, ao passo que para Bruxelas, o aumento foi de 74%, quando em 2017 seguiram à bordo das aeronaves da TAAG, 2.069 passageiros, e no ano anterior 1.186. Também cresceu a rota Luanda- Frankfurt-Luanda, para onde foram transportados, no último ano, 1.682, tendo no ano anterior sido 572. Para esta cidade alemã registou-se um aumento de 194%, e para Amesterdão-Holanda a TAAG levou 258 passageiros, mais 82 comparativamente a 2016, um crescimento de 47%. No período em análise, foram descontinuadas as rotas Luanda Madrid-Espanha, e Luanda Pekim-China, por representar elevados custos operacionais para a companhia, como este jornal apurou de fonte da empresa.
Rotas regionais em queda
Nas rotas regionais, em 2017, a companhia aérea nacional transportou 784.738 passageiros nas rotas regionais, quando em 2016 foram 680.821, uma subida de 27% Neste segmento, Joanesburgo (África do Sul) liderou com 110.586 passageiros, contra os 67.320, um crescimento de 64%, comparativamente ao ano anterior, Cape Town (África do Sul) ficou na segunda posição com 63.376, contra os 44.094 de 2016, 44%. A Windhoek, Namíbia, a TAAG levou 59.186 passageiros, quando um ano antes partiram de Luanda 54.501, uma melhoria na ordem de 9%, enquanto para a rota Luanda Maputo-Luanda, deslocaram-se, em 2017, 28.580 contra os 3.267 que embarcaram no ano passado, um crescimento de 775%, sendo esta a rota que mais cresceu no período em análise. Luanda-São Tomé-Luanda conheceu um crescimento de 5%, uma vez que foram transportados, em 2016, 19.494 passageiros, tendo no último ano o número crescido para 20.522. Para a República Centro Africana, a TAAG registou uma diminuição na procura de 63%, uma vez que no ano transacto, a companhia aérea de bandeira nacional levou para aquele país 10.619 passageiros, quando em 2016 foram 28.697.
E para Kinshasa—Congo Democrático, em 2017 foram transportados 6.297 passageiros, quando em 2016 foram 9.219, representando uma queda de 32%. Em sentido contrário, para Lusaka—Zâmbia, a TAAG registou melhorias em termos de procura. No período em análise, a companhia foi responsável pelo transporte de 3.670, contra os 3.454 de 2016, um crescimento de 6%. Ainda nas ligações regionais, Harare registou igualmente melhorias, tendo subido 16% em termos de procura, sendo que em 2017 viajaram para aquela cidade do Zimbabwe 3.334, enquanto no ano anterior seguiram 2.869. De Luanda para Nairobi—Kenya, seguiram, no último ano, 386 passageiros contra 306 de 2016, um aumento na ordem de 26%, e para Casa Blanca—Marrocos, em 2017 partiram 145 passageiros, quando no ano anterior viajaram apenas 45 pessoas. Para este país do Magreb o crescimento foi de 254%. Em termos de ligações regionais (África) foi descontinuada a ligação com Cabo Verde, cuja escala era com São Tomé.