A Sonangol explicou que foi forçada a suspender as operações naquele país, em 2012, devido à deterioração das condições de segurança. Os referidos campos estavam em posse da concessionária nacional daquele país, a North Oil Company (NOC).
No Iraque a Sonangol conta com várias concessões petrolíferas obtidas em 2010, através da sua subsidiária, Sonangol Pesquisa e Produção, que detém uma participação de 75% dos interesses participativos e que representam reservas de mil milhões de barris de petróleo.
“O reassumir das suas concessões, naquele país do médiooriente, pela petrolífera angolana, a par do recente acordo com a Cobalt, em que por USD 500 dirimiu um litígio de mais de USD 2 mil milhões, representa um dos maiores êxitos do actual conselho administração, se tivermos em conta o potencial comercial dos referidos campos e a incerteza a que os mesmos estavam votados”, lê-se no comunicado.
Mais de Eur 300 milhões investidos no iraque
Em 2010 a Sonangol obteve a concessão de exploração dos dois campos iraquianos localizados em Najmah e Qayarah, sul de Mossul, através da sua subsidiária Sonangol Pesquisa e Produção, que detém uma participação de 75% na área de exploração, que albergará reservas da ordem de mil milhões de barris de petróleo.
Dois anos decorridos, porém, a petrolífera angola foi forçada a suspender as suas operações no Iraque devido à deterioração das condições de segurança naquele país do Médio Oriente.
No relatório e contas respeitante a 2016 da petrolífera afirmavase que “a administração da Sonangol considera que os actuais esforços para retomar a operação nesses campos e a viabilidade financeira projectada sobre esta operação, permitirão assegurar a recuperabilidade dos investimentos efectuados nestes activos mineiros”.
Em Julho de 2017, a então presidente da Sonangol, na conferência de imprensa destinada a apresentar publicamente o relatório, confirmou que a empresa já encetara contactos com as autoridades iraquianas para reactivar a sua presença no país do Médio Oriente com vista a recuperar o investimento efectuado. Na altura as forças de segurança estavam a recuperar o território que havia sido tomado pelo Estado Islâmico.Em Novembro do último ano as forças iraquianas recuperaram a localidade de al-Qaïm, próxima da fronteira com a Síria.
AlQaïm era um dos últimos bastiões do Estado Islâmico no Iraque. Actualmente, após a expulsão do Daesh, os campos já se encontravam na posse da concessionária nacional iraquiana North Oil Company (NOC). No início de 2017, após a expulsão, o ministro do Petróleo iraquiano, Jabbar al-Luaibi, pediu à petrolífera angolana Sonangol para retomar a operação nos campos petrolíferos que detém a sul de Mossul, região libertada.
A petrolífera nacional investiu quase EUR 300 milhões na actividade da petrolífera no Iraque, de acordo com o relatório da Ernst & Young às contas da Sonangol de 2014. A auditora reportava, na altura, que face ao “contexto de insegurança existente nos referidos campos“, as operações foram suspensas e a administração decidiu desinvestir na operação”.