A petrolífera nacional e a francesa Total assinaram, ontem, vários acordos com ênfase para a reexploração de poços nos blocos 17, o mais prolífero bloco angolano, e 48, em águas ultra-profundas.
POR: Borges Figueira
A Sociedade de Combustíveis de Angola e a petrolífera francesa Total assinaram, esta Segunda- feira, em Luanda, vários acordos de cooperação com destaque para o novo impulso à exploração do Bloco 48 em águas ultra-profundas. Segundo o presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Carlos Saturnino, os acordos assinados entres as duas companhias enquadram-se no relançamento da cooperação entre a Sonangol e Total, com impacto directo no sector de gás. “Primeiro, achamos de grande importância, o novo impulso à exploração em Angola através do bloco 48.
Recorde-se que os últimos blocos que o país lançou para a reexploração foram concluídos em Dezembro de 2011, ou seja, estamos há seis anos a trabalhar com os mesmos blocos, e nos últimos anos não temos exploração, pelo que lançar a exploração em Angola é extremamente importante, sendo que a partir daí se vai assegurar o futuro da Sonangol enquanto companhia petrolífera”, considerou. A Sonangol vai igualmente colocar em produção alguns activos que já foram identificados e descobertos há alguns atrás, bem como a reexploração do bloco 17, com destaque para os campos Acácia e Zinia, na sua fase número dois.
“As acções que vão ter impacto no bloco 17 têm a ver com o reforço e aprofundamento de conhecimento e capacidade em termos de capital humano, bem como a materialização do compromisso antigo com a indústria petrolífera, feito em 2011, que consiste na conclusão do centro de investigação e tecnológico do grupo Sonangol que fazia parte das licitações concluídas em Dezembro de 2011”, narrou.
Também serão desenvolvidas outras actividades no domínio do upstream, no bloco 17, visando desenvolver e colocar em produção alguns activos que já foram identificados e descobertos há alguns anos. “Refiro-me ao Acácia e ao Zinia, mas também ao Zinia na sua fase numero dois”, precisou. Para o presidente e director-geral da Total, Patrick Pauyowne, a indústria dos petróleos sofreu imenso com a baixa no preço do petróleo, mas agora com o preço um pouco acima de USD 60 por barril, abre-se uma nova oportunidade para impulsionar a indústria.
“Assinamos igualmente um acordo de parceria, que consiste na distribuição de produtos petrolíferos no mercado angolano”, acrescentou Patrick Pauyowne, lembrando que a Total lidera em África a distribuição de combustível”. Segundo Patrick Pauyowne, esta parceria permitirá criar mecanismos de fornecimento eficiente de produtos petrolíferos em Angola, além da partilha de conhecimento e desenvolvimento de competências no centro tecnológico, onde as duas companhias vão trabalhar, oferecendo contribuições técnicas visando o melhoramento e recuperação de petróleo no bloco operado pela Sonangol (bloco 03).
“A Total é o primeiro operador do país, com mais de 600 mil barris por dia, sendo por isso importante que me reunisse com o novo PCA da Sonangol, e também terei, esta Segunda-feira, a oportunidade de ter uma audiência com o Presidente da República”, realçou.