Um sistema solar fotovoltaico com capacidade para produzir 40.260 kilowatts de energia por ano foi inaugurado, ontem, quinta-feira, no município do Cubal, província de Benguela, para abastecer a instalação local de enchimento de gás butano. A estrutura, orçada em 250 mil USD, conta com 51 painéis fotovoltaicos instalados, uma unidade contentorizada que comporta um inversor e um sistema de armazenamento em baterias com uma autonomia para funcionar 24 horas por dia. Instalado no âmbito da transição energética, o sistema tem como vantagens a redução da emissão de gases com efeito estufa de 65 toneladas/ano, a descarbonização das operações e a redução, quer do consumo do gasóleo como dos custos de energia, operação e manutenção da instalação.
Segundo o presidente da co- missão executiva da Sonangol Gás & Energias Renováveis, Manuel Barros, a entrada em funcionamento do sistema fotovoltaico implica a redução de consumo de 18 mil litros de gasóleo por ano e poupança de mais de 150 mil USD com a aquisição de geradores. Afirmou que a instalação vai funcionar na plenitude com energia limpa e renovável. “Esse sistema é moderno e tem uma capacidade de produzir 28 kilowatts por hora”, disse, realçando que a unidade de enchimento dependia exclusivamente de geradores, actualmente parados.
Durante o dia, explicou, o sistema fotovoltaico vai produzir energia suficiente para as necessidades da instalação e, de noite, a energia será garantida pelo sistema de armazenamento em baterias. Manuel Barros anunciou que a Sonangol pretende, até 2027, implementar projectos para atingir uma capacidade de produção própria de energia na ordem dos 427 megawatts. “A unidade de enchimento do Cubal e o Posto de Abastecimento do Anduri, no Bengo, são provas do nosso compromisso com a inovação, sustentabilidade e preservação do ambiente em conformidade com os mais altos padrões da indústria petrolífera”, enfatizou.
Para o representante do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Manuel Júnior, essa acção da Sonangol está alinhada com os programas do sector no Plano de Desenvolvimento Nacional 2023-2027, no que toca a acções e metas para descarbonização e contribuição para a transição energética que se avizinha. Já o administrador municipal do Cubal, Paulino Banja, considerou que as energias renováveis são um “caminho” que to- dos devem seguir. O responsável disse que têm também a intenção de produzir energias limpas para abastecer a sede municipal, comunas, aldeias e ombalas, deixando-se paulatinamente as centrais térmicas.