Segundo o responsável, que fazia a antevisão do Sika Summit Angola, que decorre esta sexta-feira em Luanda, o volume de negócios cresceu, como resultado das construções e criação de projectos privados em desenvolvimento em Angola.
“Este ano foi positivo, na medida em que o volume de negócios cresceu, relativamente aos anos anteriores, fruto da construção que está acontecer e de alguns projectos privados que se notam em Angola”, esclareceu.
Em termos de números, o empresário avançou que a facturação da sua instituição chegou na casa dos dez mil milhões de kwanzas em 2024, tendo considerado que a classe empresarial precisa cada vez mais promover Angola para incentivar os investidores estrangeiros a arrastarem os investimentos dos países onde se encontram e trazer para o mercado nacional, de forma a aumentar a mão-de-obra privada.
O mercado da indústria de materiais de construção em Angola, segundo o director da Sika, encontra-se subaproveitado, sendo que se verifica uma capacidade maior de produção. Para o responsável, urge a necessidade de se apostar no aumento da capacidade de produção no sector da construção, o que considera ser uma medida para combater o aumento dos preços dos produtos produzidos no mercado.
Conforme Ricardo Rocha, os empresários precisam defender a produção local, o Executivo precisa apostar na capacidade da indústria local, para evitar ao máximo importar os produtos que são produzidos localmente, para poder acalmar a subida dos preços e ajudar a optimizar o sector.
Sabendo que Angola ainda carece das matérias-primas para o sector da construção, uma vez que as indústrias precisam importar os materiais de construção, Rocha acrescenta que constitui necessidade construir e desenvolver a indústria das matérias-primas no país. “Apostar na produção local é muito importante.
Temos de dinamizar a indústria local, as medidas de industrialização em Angola são necessárias, podendo ser medidas de médio prazo que vão ajudar no crescimento do país”, defendeu. Apesar de apontar a falta de industrialização como sendo um problema que as empresas de construção enfrentam, o director da SIKA reconhece que este processo está a ser feito em Angola, tendo mesmo assim sublinhado que o Executivo precisa priorizar a implementação das medidas de industrialização na construção.
Cerca de 400 participantes no Sika Summit 2024
Para edição deste ano do Sika Summit Angola, que decorre a partir de hoje, sexta-feira, em Luanda, estão presentes cerca de 400 participantes vindo de diversas localidades do país. Promovido há cerca três anos pela empresa produtora de materiais de construção em Angola, o evento estará centrado na apresentação e discussão de técnicas, tendências e inovações essenciais para profissionais e empresas do sector da construção civil, como a construção modular e impressão 3D, inovações em materiais sustentáveis e gestão de projectos com software integrado.
De acordo com o organizador, o certame irá promover novas tecnologias, as quais poderão engrandecer o ramo da construção e contribuir para o desenvolvimento em Angola de forma sustentável.
Ricardo Rocha afirma que a indústria da construção do país é um mercado em desenvolvimento e em constante evolução, ao mesmo tempo um sector fundamental. Vários profissionais de construção civil são desafiados a apresentar soluções, pensando numa melhor estratégia para impulsionar o investimento na área.
A Sika é uma empresa que se afirma líder na indústria de materiais de construção que, a nível das responsabilidades sociais, tem desenvolvido vários projectos em Angola, com realce nas províncias de Luanda, CuanzaSul e Malanje.
POR:Adelino Kamongua