O secretário de Estado para as Finanças e Tesouro, Ottoniel dos Santos, disse que as seguradoras que se furtam a responder às suas obrigações e consequente regularização de um sinistro, quando chamadas a fazê-lo, não têm contribuído para melhorar a percepção positiva dos seguros na sociedade e, por via disso, a sua taxa de penetração na economia nacional. Uma taxa que se encontra abaixo de 1% do Produto Interno Bruto, ainda aquém dos níveis de penetração dos demais países da região austral, “onde a média se cifra já nos 3% do PIB”, referiu.
Um índice de penetração do sector segurador baixo, que na visão de Ottoniel dos Santos deve-se à baixa cultura de seguros, associada a uma conjuntura económica adversa e a insuficiências no processo de fiscalização e robustez do cumprimento dos seguros obrigatórios de massas. “Temos um caminho a percorrer no sentido de alcançar- mos uma taxa de penetração dos seguros mais ambiciosos, o que apenas será conseguido se apostarmos, fortemente, na literacia financeira, bem como na inovação e na oferta de produtos cada vez mais inclusivos”, disse.
O responsável disse que precisamos de continuar com o processo de assimilação e implementação das boas práticas de governo corporativo, no intuito de promover mais solidez, profissionalismo, reputação, confiabilidade e credibilidade às empresas de seguros que operam em Angola. Recordar que a actividade de seguros em Angola remonta a 1922, sendo que cabe à Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG), órgão tutelado pelo Ministério das Finanças, a regulação, supervisão e acompanhamento da actividade seguradora, resseguradora, de fundos de pensões e mediação de seguro e resseguro no país.