Rácios mostram rentabilidade das seguradoras que lucram em todos os produtos que vendem. Doenças são problema comum, incêndios juntou-se a lista de maiores indemnizações, mas nada atrapalha lucro em todos os itens
As seguradoras receberam 17 milhões de kwanzas em prémios pelo seguro de vida no segundo trimestre do ano em curso e pagaram apenas 573 mil kwanzas em indemnização no período em questão, segundo o relatório da Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG).
O segmento vida representa uma pequena fatia dos seguros em Angola.
Nos outros segmentos, a carteira segue também lucrativa para as seguradoras.
Só o item incêndios representa alguma preocupação para as seguradoras, porque, apesar de também ter um rácio em terrenos positivos, é o que tem os níveis mais próximos entre entrada e saída.
O que as seguradoras recebem pela cobertura de incêndio chegou aos 2,47 milhões de kwanzas, enquanto as indemnizações, ou o que se paga quando acontece um sinistro, ficou pelos 2,44 milhões de kwanzas no segundo trimestre do ano em curso.
Acresce a isso as doenças que são mais comuns nas preocupações das seguradoras.
Desta feita, os prémios aqui chegaram aos 61 milhões de kwanzas, enquanto as indemnizações ficaram pelos 37 milhões de kwanzas no período em análise.
74 milhões de kwanzas no comparativo
Os prémios emitidos no segmento vida mantém caminho de crescimento e salta para os 18 milhões de kwanzas, crescendo 49% no comparativo com o mesmo período do ano de 2022, como mostram os dados do sector a que OPAÍS teve acesso.
No segundo trimestre de 2022, este segmento registava um total de 12 milhões de kwanzas em prémios emitidos.
Apesar deste desempenho notável, o segmento vida continua a ter uma relevância quase que insignificante no universo dos seguros, já que representa apenas 8% do total do mercado de seguros nacional.
Por outro lado, o segmento não vida, o mais robusto, saltou para 204,6 milhões de kwanzas em prémios emitidos no segundo trimestre do ano em curso, registando um crescimento de 49,9%.
O segmento não vida solidifica assim a sua posição de sector forte dos seguros em Angola, com peso de 92% do total da carteira de seguros no país.
Os prémios brutos emitidos, o mesmo que apólices vendidas pelas seguradoras no país no segundo trimestre do ano em curso, chegou aos 222 milhões de kwanzas, acima dos 148 milhões de kwanzas registados neste mesmo item no mesmo período de 2021.
Um crescimento de 74 milhões de kwanzas no comparativo com o mesmo período do ano anterior.
Por: Ladislau Francisco