Em 2023, espera-se que o crescimento das remessas para os países de baixa e média renda (LMICS) caia para 1,4%, (USD 656,0 mil milhões), devido à desaceleração do crescimento económico nos principais países de origem
Angola registou, no segundo trimestre deste ano, remessas e outras transferências pessoais enviadas para o resto do mundo, cifradas em USD 126,5 milhões, de acordo com o Resumo de Migração e Desenvolvimento. Ainda assim, representa uma diminuição comparativamente ao trimestre anterior e ao período homólogo, em que as mesmas situaram-se em 189,4 milhões e 307,3 milhões de dólares. Portugal lidera a lista de países que mais recebe remessas, representando 31,5% do total, seguido pelos Estados unidos da América e França, com 17,2% e 11,3%, respectivamente, 10,2% para o Vietname e 6,7% para a China.
Exportações de petróleo
As exportações de petróleo bruto registaram um ligeiro aumento de cerca de 3,3% no segundo trimestre deste ano, factor que impactou positivamente nas receitas de exportação de petróleo, em cerca de 196%, ao passo que o efeito preço teve um impacto negativo de 102,4% No que se refere aos principais países de destino das exportações de petróleo bruto angolano, a China manteve-se na primeira posição, com uma quota de 64,0%, seguida da Índia com 6,1% e o Brasil 4,5%. Já os principais países de destino dos diamantes exporta- dos, disponibilizado pelo banco Nacional de Angola (BNA), foram os Emirados Árabes unidos com 70,8% do valor total, seguido da Bélgica com 26,0% e de Israel com 2,7%.
O valor despendido para a importação de bens foi de 3 729,1 milhões contra os 4 051,3 milhões dólares do trimestre anterior, representando uma diminuição do valor financeiro de cerca de 8,0% e do volume em cerca de 6,0%, com destaque para os combustíveis cuja redução foi de USD 240,2 milhões, os bens alimentares em 55,8 milhões de dólares, e os produtos químicos e farmacêuticos em 39,7 milhões dólares. Quanto à composição económica dos bens importados, os bens de consumo corrente mantiveram o seu elevado peso, tendo representado 62,5% do valor total, seguido dos bens de capital com 24,9% e dos bens de consumo intermédio com 12,5%.
Os principais parceiros comerciais de Angola, no que diz respeito à procedência das importações, foram a China com uma quota de 17,1%, seguido de Portugal com 12,9%, a Índia com 8,8%, os Emirados Árabes unidos com 8,4%, o Togo com 6,5%, perfazendo 53,7% do total importado. Já a conta de serviços apresentou uma redução de 24,6% no seu saldo deficitário, ao passar de 2.340,8 milhões de dólares no primeiro trimestre de 2023 para 1.765,0 milhões de dólares no segundo trimestre do período em referência. A melhoria do défice da conta de serviços foi influenciada, principalmente, pela diminuição das importações de serviços de transportes, viagens e outros serviços de negócios, em 279,6 milhões de dólares, 155,8 milhões e 79,7 milhões de dólares.
POR: Francisca Parente