O secretário de Estado para a Comunicação Social, Nuno Caldas Albino, pediu, ontem, em Luanda, maior engajamento e comprometimento dos prossionais de comunicação social no Recenseamento Geral da População e Habitação (RGPH), que arranca a 19 deste mês, em todo país
Falando no segundo seminário dirigido aos jornalistas, no âmbito do Censo 2024, o secretário de Estado sublinhou que o Censo constituirá a maior e a mais complexa operação estatística que o país irá realizar desde 2014. Conforme o secretário de Estado, os jornalistas, analistas e fazedores de opinião têm um papel relevante e primordial neste pro- cesso.
Em relação ao segundo seminário, adiantou que se insere no âmbito das acções preparativas para que se alcancem os objectivos do Censo, que fornecerá dados estatísticos indispensáveis à formulação de boas políticas públicas.
De acordo com o secretário de Estado, o Censo é uma operação de mobilização social que exige a participação e a colaboração de todos, sendo importante a contribuição da comunicação social.
Nuno Caldas Albino disse que os órgãos de comunicação social, analistas, os infuenciadores digitais têm a capacidade de mobilizar e sensibilizar a população para a participação de todos neste processo.
“A missão de sensibilizar, mobilizar e comunicar num mundo que se caracteriza cada vez mais global cabe a todos, incluindo a classe jornalística com particular realce, pelo papel relevante que desempenham no processo da transmissão de informação e formatação da consciência social”, salientou.
No seminário, dirigido aos jornalistas de órgãos públicos e privados, foram abordados temas ligados à caracterização e noções fundamentais do RGPH 2024, Cronograma de acções realizadas e em curso do RGPH 2024.
O plano de comunicação do RGPH 2024, tarefas essenciais a realizar pelas Comissões Provinciais Multissectoriais de Apoio ao GPH 2024, bem como a sessão de lançamento/abertura, estiveram igualmente em abordagem. O Recenseamento Geral da População e Habitação (Censo) vai decorrer sob o lema “Juntos contamos para Angola”.
O primeiro Recenseamento Geral da População e Habitação – RGPH (Censo) foi realizado em Angola no período pós-independência, há dez anos. Na altura, ficou-se a saber que o país tinha mais de 25 milhões de habitantes, dos quais perto de sete milhões em Luanda. A Projecção da População (2024) do Instituto Nacional de Estatística (INE) aponta que o país tem mais de 35 milhões de habitantes.
Cunene conta com mais de três mil recenseadores em formação para o Censo 2024
Três mil e 58 agentes recenseadores da província do Cunene estão, desde esta segunda-feira, a participar de uma acção formativa sobre o Recenseamento Geral da População e Habitação, que inicia a 19 deste mês, em todo país.
A acção formativa, a decorrer em 10 dias, visa capacitar os agentes recenseadores para o trabalho de recolha de informações relacionadas com o modo actual de vida da população, a nível dos dois mil e 294 secções censitárias dessa província.
Os participantes estão a abordar temáticas ligadas às técnicas de entrevistas dos agregados familiares e como utilizar convenientemente o aparelho tablet na recolha de dados.
A propósito dessa formação, o coordena- dor do Grupo Técnico de Apoio da Comissão Multissectorial do Censo no Cunene, José Jacinto, disse que esta capacitação é a última do pacote de formações em cascata que já decorreram. Informou que a formação que decorre em simultâneo em 20 escolas instaladas nas respectivas comunas, a nível dos seis municípios do Cunene.
Reforçou que, durante o momento censitário, os agentes vão bater às portas das habitações constantes nas secções censitárias, para recolha de dados estatísticos, através de entrevistas directas aos membros dos agregados familiares.
José Jacinto apelou aos formandos a aproveitar, ao máximo, os conhecimentos a serem ministrados, para obterem respostas de qualidade que vão de encontro com as perguntas constantes nos questionários.
O Censo Geral da População e Habitação 2024 será o terceiro na história do país, sendo o primeiro realizado em 1975, cinco anos antes da Independência Nacional, enquanto o segundo decorreu em 2014.