A possibilidade foi avançada pelo embaixador do Rwanda em Angola, em exclusivo a OPAÍS. Alfredo Kalissa revelou que no seu país o peixe é um produto muito valorizado, chegando a custar mais caro que a carne
Texto de: Miguel Kitari, enviado ao Namibe
o processo de diversificação económica em curso no país pode ganhar outro impulso, com a possibilidade de entrar no negócio das pescas do Rwanda. O embaixador daquele país em Angola disse, à margem do Fórum de Oportunidades de Investimentos que aconteceu ontem na cidade de Moçâmedes, província do Namibe, que o seu país estuda a possibilidade de importar peixe fresco e seco de Angola.
Alfredo Alfredo Kalissa avançou: “vamos agora fazer um relatório mostrando as potencialidades pesqueiras da província do Namibe e enviar para o nosso Governo, e também à federação empresarial”, disse. O peixe, de acordo ainda com o diplomata, poderá ser transportado por via marítima e aérea. Deste modo, considerou, o seu país terá uma redução de custos na importação de peixe. “O Rwanda importa muito peixe de países asiáticos e europeus, pois é um produto muito procurado e chega a custar mais caro do que a carne. E Angola posde ser um bom parceiro neste sentido”, considerou.
O Rwanda tem igualmente interesse na farinha de peixe produzida no Namibe, sub-sector que ganha novas indústrias, sobretudo no município piscatório do Tombwa, no Sul da província. Por outro lado, Alfredo Kalisa considera o Namibe uma região por explorar, por possuir uma diversidade turística única, designadamente o deserto, a weliwítschia mirabiles e outros encantos.
O Fórum de Oportunidades e Investimento, que visou mostrar as potencialidades da província do Namibe, que fica no extremo Sul do país, teve lugar ontem, em Moçâmedes, e foi organizado pelo do Jornal Valor, com a parceria do Governo Provincial do Namibe.
fazer negócio no namibe Fortemente virado para o turismo, o Namibe oferece diversas oportunidades aos potenciais investidores. Por exemplo, a província possui potencialidades para o cultivo de oliveira, tem consideráveis reservas de granito e uma agricultura virada essencialmente para a produção de hortícolas, em que se destaca a produção do tomate. Um aeroporto com internacional, porto comercial e de minérios, e um caminho-de-ferro com mais de 900 quilómetros, do Namibe ao Cuando Cubango, fazem do Namibe uma plataforma logística no Sul do país.