Ao primeiro satélite angolano (Angosat 1) só falta concluir as últimas três etapas do seu processo de desenvolvimento para entrar em órbita, um projecto iniciado em 2012, orçado em USD 300 milhões
Por: Brenda Sambo
O primeiro satélite angolano encontra–se neste momento na fase crucial que vai determinar a data definitiva do seu lançamento, segundo o ministro das Telecomunicações e Tecnologias de Informação, José Carvalho da Rocha, que Segunda-feira última, falava no Workshop sobre o “impacto socioeconómico do Angosat 1”.
Até agora, asseverou o ministro, 11 etapas já foram vencidas, faltando concluir as restantes etapas para garantir o lançamento e a operacionalidade do satélite.
O governante considereu a próxima como uma das etapas mais decisivas do projecto prévias ao lançamento do satélite. “Depois desta fase, poderemos então macar a data para o seu lançamento”, prometeu.
José Carvalho da Rocha ressaltou que o projecto, que está a ser desenvolvido desde 2012, tem sido realizado em várias gerações. Logo que concluído, vai potenciar as redes de fibra óptica existentes no país e também assegurar que os serviços de telecomunicações cheguem a todo o território nacional, principalmente às áreas em que os serviços de Internet escasseiam ou simplesmente não existem. No domínio social, o Angosat 1 vai também oferecer benefícios, principalmente aos sectores da saúde e da educação.
“Precisamos de levar os serviços aos cidadãos com qualidade e a preços acessíveis”, frisou o governante, adiantando que o projecto tornou-se possível graças ao desempenho de uma equipa de 45 profissionais formados neste domínio do conhecimento. “Foi um trabalho árduo, formámos jovens licenciados e mestres”, salientou. Foi feito um investimento de USD 320 milhões, garantidos pelo Governo, para sustentar as várias componentes do satélite.
RDC apoia o projecto Angosat1
O ministro da Comunicação Social da República Democrática do Congo, Lambert Mende Omalanga, considerou que o Angosat vai contribuir para o reforço das relações entre o seu país e Angola, manifestando o apoio da RDC à iniciativa angolana. “Estamos aqui para encorajar este processo que está na etapa final, e aproveito para felicitar os jovens que trabalham neste projecto”, sublinhou.
Para Lambert Omalanga, este tipo de iniciativas ajuda a solucionar vários problemas que o continente ainda enfrenta. O Angosat 1 vai viabilizar a comunicação com países africanos como a RDC, a Zâmbia e o Ruanda, que poderão usufruir das capacidades da fibra óptica implantada ao longo do Caminho de Ferro de Benguela.