O ministro dos Recursos Minerais, petróleo e gás, Diamantino Azevedo, avançou, recentemente, em Luanda, que as reservas de gás, em Angola, rondam os 94 triliões de pés cúbicos, referindo-se em termos de recursos já descobertos e prospectivos
“Queremos , no presente mandato, terminar com a elaboração do Plano Director de Gás, que nos vai permitir quantificar o que nós temos de gás, mas dizer que, neste momento, temos cerca de 94 triliões DE pés cúbicos de gás, mas em termos de recursos descobertos e prospectivos”, afirmou.
Diamantino Azevedo disse que o seu sector representa uma bênção para o crescimento da economia nacional, cabendo aos homens saberem usar os recursos minerais em benefício das populações. Para o governante, o Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás tem rumo e trabalha na certeza dos seus objectivos, um dos quais passa pelo impulsionamento e intensificação da produção dos recursos minerais.
“Nós temos rumo, temos foco e sabemos o que estamos a fazer, isto é com base nos nossos objectivos, porque, para se trabalhar, tem que haver um planeamento e metas, para poder ter foco e não andarmos de acordo com a direcção do vento”, referiu.
O ministro apelou para a aposta no sector dos hidrocarbonetos e mineiro, que representa, no seu entender, um motor para o desenvolvimento e diversificação da economia do país. Manifestou que a necessidade do seu Ministério é continuar a estabilizar a produção do petróleo em cerca de um milhão de barris/dia, nos próximos anos.
Para o efeito, o titular da pasta dos petróleos reconheceu que é preciso trabalhar, tendo em conta os desafios que se apresentam no sector, sublinhando a necessidade de o país olhar para os campos marginais e desenvolver campos maduros, criando condições para futuras explorações.
Sobre a estratégia dos hidrocarbonetos, que termina em 2025, o ministro adiantou estarem a trabalhar num próximo programa previsto para 2026 a 2030, bem como continuar para atribuição de concessões petrolíferas. Conforme o ministro Diamantino Azevedo, o actual mandato irá terminar com a realização de um balanço, no sentido de se averiguar o que se terá feito de bom ou mau nas concessões, e poder melhorar para continuidade de um regime permanente.
Maior aceitação da capacidade angolana
O empresário Eugénio Clemente, na qualidade de participante, exortou para uma mudança de comportamento quanto à acreditação dos projectos que são apresentados pelos empresários angolanos no sector dos recursos minerais.
O investidor apelou para o reconhecimento da capacidade angolana na exploração petrolífera, referindo que é preciso aceitar a riqueza de outrem, mesmo que tenham tido a mesma formação.
“Nós temos que admitir o princípio da aceitação da riqueza do outro, e se nós conseguirmos fazer isso, estaremos diante de uma automática mudança de comportamento da aceitação da capacidade, o que desperta a inovação, pois temos andado presos na inovação, porque, sempre que nos apresentam uma ideia, colocamos sempre ‘chavões’, atirou. Para o empresário, a colocação de obstáculos em projectos impede os sonhos angolanos de passarem para a realidade.
POR:Adelino Kamongua