A fase de comissionamento, iniciada este ano, pôs em funcionamento as primeiras utilidades da refinaria ligadas à protecção dos incêndios e do ar comprimio, bem como a produção de nitrogénio e energia.
Depois desta, virão outras até chegar-se à fase de comissionamento e processamento do petróleo bruto. O ministro dos Recursos Naturais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, que esteve em Cabinda para avaliar o nível de execução das obras de construção da refinaria, espera que a segunda fase possa iniciar em Março ou Abril do próximo ano e, caso tudo corra conforme planeado, possivelmente em Junho ou Julho, esteja terminada a fase do comissionamento e iniciar as operações da refinaria.
O ministro reafirmou que a primeira fase do projecto, com capacidade para processar 30 mil barris de petróleo/dia, deverá entrar em funcionamento no primeiro semestre do próximo ano.
“Posso referir que temos previsto o início da primeira fase desta refinaria para finais do primeiro semestre de 2025 e, efectivamente, será um ganho para a província e para a economia do aís, porque teremos mais produção interna.”
Para o ministro Diamantino de Azevedo, a refinaria vai trazer outros ganhos no capítulo da empregabilidade, uma vez que o projecto absorve cerca de 2 mil e 500 postos de trabalho e mais de 90 por cento ocupados por angolanos.
Refira-se que o projecto de Refinaria de Cabinda, orçada em 400 milhões de dólares, tem como accionista a empresa Gemcorp (90%), contando com a comparticipação da Sonangol (10%), representada pela subsidiária Sonaref, responsável pelas operações de refinação em Angola.
O projecto comporta três fases de execução, cuja primeira deve processar cerca de 30 mil barris/dia, transformando petróleo bruto em gasóleo, Jet-1, óleo e nafta.
Quando estiverem concluídas as três fases, a capacidade de processamento irá duplicar para 60 mil barris por dia. O processamento do crude será assegurado por duas unidades, uma de destilação atmosférica e outra de adoçamento de querosene, que vão permitir a obtenção de produtos refinados como a nafta, jet-1, gasóleo e o óleo combustível pesado.
Na fase 2, o principal objectivo é duplicar a capacidade de processamento da refinaria e iniciar a produção de gasolina e gás butano. A fase 3 tem como finalidade melhorar a qualidade dos produtos da refinaria com a instalação de unidades de tratamento e aumentar a capacidade de produção de refinados como a gasolina e o gasóleo.
O projecto está a ser implementado numa área de 313 hectares na planície de Malembo, a norte do campo petrolífero do Malongo e muito próximo do terminal oceânico de Cabinda.
Por: Alberto Coelho, em Cabinda