Buco-Zau é um município que desempenha um papel estratégico no desenvolvimento económico da província de Cabinda, em particular, e do país, em geral, por conta da actividade de exploração de madeira e de ouro que detém neste momento
O desenvolvimento sócio-económico do município de Buco- Zau, que conta com a maior cifra de exploração de madeira no país, vai tomando o seu ritmo normal na base da própria conjuntura que o país vai conhecendo. Coberta em quase toda sua ex- tensão territorial pela floresta do Maiombe, com 2.115 quilómetros quadros, o município conta actualmente com 39 mil e 876 habitantes, sendo a uma parte da população é camponesa e outra dedica-se a extração de ouro e de madeira.
“Felizmente, vamos trabalhando com aqueles programas que o Governo já tem elencado para dar solução aos problemas das nossas populações”, fez questão de realçar ao jornal OPAÍS, o administrador municipal, Óscar Dilo. A administração olha a possibilidade de estender também a sua atenção ao sector privado, criando mecanismos e oportunidades a nível local para que o sector privado possa trazer o desenvolvimento no Buco-Zau. Primeiros edifícios no município O município conta com dois projectos habitacionais, cujas obras de construção decorrem a bom ritmo.
O primeiro projecto contempla a construção de 300 habitações sociais, no quadro geral das 3 mil casas que a província de Cabinda beneficiou do Executivo angolano. O nível de execução física deste projecto, a cargo da empresa chinesa Zambiami, está na ordem dos 50%. Outro projecto, lançado recentemente pelo ministro das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação, Carlos Alberto dos Santos, tem a ver com a construção de 120 apartamentos em 10 blocos de 12 apartamentos cada um, empreitada a ser executada pela Mota Engil. “Pela primeira vez Buco-Zau vai ter prédios, isto é um orgulho para essa população”, ironizou Óscar Dilo.
“A conclusão destes projectos vai ajudar o município a resolver, em parte, a questão de habitabilidade, bem como permitir manter os médicos, técnicos superiores e outros quadros que são colocados no município”. Estimular o turismo A estrada nacional número 100 está a beneficiar de obras de reabilitação depois de vários anos em condições péssimas de transitabilidade. O estado péssimo do troço de cerca de 188 quilómetros que liga Cabinda/Miconje condicionou sobremaneira o desenvolvimento da região norte, nomeadamente os municípios de Buco- Zau e Belize. Com a sua reparação, segundo Óscar Dilo, “vamos incrementar um conjunto de acções, estimular um pouco mais a área do turismo, incentivar a juventude para as tarefas que têm a ver com a prática desportiva, bem como a circulação de pessoas e bens que tornar-se-á mais fluída.”
POR: Alberto Coelho, em Cabinda