O relançamento da fábrica situada na região das Mabubas, província do Bengo, produzirá cem mil quadros por mês e resulta de um investimento de USD 5,5 milhões
POR: Patrícia de Oliveira
Depois de vários ensaios, a fábrica de quadros eléctricos foi finalmente inaugurada no Bengo, Quinta-feira última, pela ministra da Indústria, Bernarda Martins. Bernarda Martins caracterizou as Mabubas como sendo um novo parque industrial, e que mais outras unidades de produção da dimensão ou aproximada da fábrica de quadros eléctricos, surgirão pelo país inteiro. “Estamos a tentar parcerias com investidores privados com capacidade técnico-financeira e capazes de mobilizar recursos. Temos áreas reservadas à criação de unidades fabris em todo o país”, revelou a ministra. Presente no acto, o secretário de Estado da Energia, António da Cos- O PAÍS Sábado, 07 de Abril de 2018 19 ta, referiu que os produtos têm qualidade e vai garantir uma redução de despesas com a importação de equipamento eléctrico pelo governo.
“Foi gasto muito dinheiro na compra de material eléctrico que foi usado nas centralidades. Dada a sua importância, o sector da Energia e Águas dará todo o apoio a esta indústria”, garantiu. O director-geral da empresa avançou que, nesta primeira fase, a aposta é produzir acima de 100 mil quadros e caixas por mês. José Serra declarou também que trata-se de um investimento de continuidade. “É nosso objectivo produzir também tomadas e indutores. É um projecto que vai requerer outros investimentos, para que tenhamos uma parte metálica e mecânica”, esclareceu. Com duas linhas de produção, a fábrica funcionará com geradores e prevê manter um stock de 150 mil peças diversas durante 60 dias úteis .“Pretendemos apostar no stock inicial, porque estamos a começar e queremos atender os clientes com entregas imediatas”, sublinhou.
O grupo empresarial português Serra e Coelho investiu mais de USD 2,5 milhões na importação de equipamento diverso em países como Alemanha, Itália e Portugal. Notese que a principal matéria-prima para a produção de quadros electricos é o plástico virgem, industrialmente designado como poliestireno . Com capacidade para produzir cem mil quadros eléctricos por mês, o presidente do Conselho de Administração do grupo, José Serra, assegurou que uma fatia da produção será destinada à exportação, designadamente para Moçambique, Botswana e África do Sul. “No futuro, também queremos apostar na exportação. Vamos nomear distribuidores em todas as províncias. Estamos a apostar na exportação para Moçambique, e a partir daí, penetrar no mercado local, portanto, a África do Sul, Zimbabué e Botswana”, apontou.