Apesar das adversidades enfrentadas por diferentes sectores, a preferência por produtos nacionais manteve-se robusta, reflectindo a resiliência das empresas locais e a contínua procura dos consumidores por esses produtos.
Segundo o relatório do INE, 57,8% dos produtos vendidos são de origem nacional. Embora positivo, este desempenho representa uma ligeira queda de 0,5 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado.
O ambiente comercial pode ser considerado favorável, já que houve uma redução no número de empresas enfrentando constrangimentos nas suas actividades, comparado ao primeiro trimestre do ano anterior.
Apesar desses desafios, a Conjuntura Económica mostrou-se favorável para algumas áreas. No sector do turismo, o indicador contrariou a tendência descendente dos últimos três trimestres e permaneceu acima da média da série, indicando um ambiente positivo para as empresas.
O relatório aponta que poucas empresas registaram constrangimentos no desenvolvimento das suas actividades em comparação ao período homólogo.
No sector das indústrias transformadoras, a conjuntura não foi diferente, com o indicador a apresentar uma tendência positiva e a permanecer acima da média da série.
A evolução positiva em relação ao mesmo trimestre resulta do comportamento favorável das variáveis perspectivas de produção e emprego nos próximos três meses.
No entanto, a falta de matéria-prima, água, energia, dificuldades financeiras, frequentes avarias mecânicas e o excesso de burocracia ainda limitam as empresas do sector.
Para o sector dos transportes, o indicador de confiança apresentou uma tendência positiva, evoluindo favoravelmente em relação ao trimestre homólogo.
As dificuldades financeiras na obtenção de créditos bancários, a insuficiência da procura, a concorrência, o excesso de burocracia e regulamentações estatais foram os principais constrangimentos registados.
Constrangimento para as construtoras
Por outro lado, a conjuntura económica para as empresas construtoras foi desfavorável, pois o indicador apresentou tendência negativa e evoluiu desfavoravelmente face ao trimestre homólogo.
A redução nas variáveis de carteira de encomenda actual, perspectiva de actividades e de emprego nos meses seguintes, contribuiu para essa evolução negativa.
Apesar disso, as obras públicas representaram cerca de 68% das actividades, com um aumento de 0,3 pontos percentuais em relação ao mesmo período.
Os empresários afirmaram ter carteira de encomenda assegurada para cerca de 91 semanas de produção em termos de obras públicas.
Ainda assim, a insuficiência da procura, a falta de materiais, dificuldades na obtenção de créditos bancários, altas taxas de juros e excesso de burocracia e regulamentações estatais foram obstáculos significativos.
No sector das indústrias extractivas, a conjuntura se manteve estável no primeiro trimestre de 2024. Os dados indicam uma ligeira estabilidade em relação ao trimestre anterior, evoluindo positivamente em comparação ao mesmo período.