O coordenador Nacional do Processo Kimberley, Estanislau Buio, disse, ontem, em Luanda, que os diamantes de conflito não é somente um problema africano, mas também mundial, lançando um repto para que os países produtores busquem medidas para evitar que este minério seja usado para financiar conflitos
Estanislau Buio sublinhou que durante dois dias os representantes dos países produtores de diamantes discutiram temas que preocupam a indústria diamantífera a nível internacional, com destaque para a alteração da definição de diamantes de conflitos, apoio das comunidades de assistência técnica e governação interna do próprio sistema no processo kimberly.
Segundo o responsável, as propostas apresentadas na reunião do Comité de AD-HOC serão submetidas e aprovadas na reunião plenária que acontece de 6 a 10 de Novembro próximo, em Victoria Falls, na República do Zimbabwe. Estanislau Buio salientou que os diamantes servem para o desenvolvimento dos Estados membros, quer os produtores, consumidores e toda a cadeia de distribuição dos diamantes e que não pode ser destinado para outros fins.
“Esta reunião não é conclusiva, mas sim preparatória e estamos a discutir para que o diamante não seja usa- do nos conflitos, alteração da definição e de forma, para que não haja qualquer conflito com financiamento de diamantes”, disse.
Reunidos durante dois dias, o Comité AD-HOC de revisão e reforma do sistema de certificação do processo Kimberley teve como foco preparar e avaliar as propostas dos responsáveis dos subgrupos de diamantes de conflito. O processo Kimberley é o órgão de certificação de origem dos diamantes, concebido para evitar a compra e venda de diamantes provenientes das áreas de conflitos, que actualmente é dirigido pelo ministro das Minas e Desenvolvimento Mineiro, Zhemu Soda.