Era uma mensagem que os produtores locais esperavam da parte do mais alto mandatário do país, de acordo com o engenheiro, que espera ver aumentado o número de investidores do ramo
O director de logística e operações do grupo Jardim da Yoba, no Chiange, município dos Gambos, província da Huíla, André de Oliveira, mostra-se animado com o incentivo à produção local de fertilizantes, anunciado, na quarta-feira, 21, pelo Presidente da República, João Lourenço.
Para o dirigente de uma das empresas angolanas que se dedica à produção e disponibilidade de sementes, em Angola, a voz do alto mandatário do país representa sempre um encorajamento àqueles que, diariamente, se sacrificam para ver o sector agrícola a marcar passos significantes.
“É um incentivo louvável para os produtores do sector, já que a questão dos insumos agrícolas é a que mais tira sono aos investidores do ramo e, com essa iniciativa, os custos de aquisição dos fertilizantes também vai diminuir consideravelmente”, frisou.
O engenheiro, que faz menção dos deveres alfandegários e dos constrangimentos que enfrentam quando o fornecedor é estrangeiro, destaca também o referido incentivo como uma oportunidade de garantias.
André de Oliveira disse que o grupo Jardim da Yoba já procurou de tudo no estrangeiro, para continuar com a produção de sementes. Mas assegurou que a produção da empresa nunca se viu prejudicada ao ponto de baixar a sua real capacidade, principalmente no que toca à produção de milho.
Nos últimos quatro anos, as sementes produzidas pelo Jardim da Yoba, como as de milho, feijão, trigo e de batata, já andam comprometidas, porque os clientes já estão à espera.
Para o produtor de adubo orgânico, Bernardo Karitoko, o mais importante consiste no trabalho que vem sob consequência do incentivo, tanto para os produtores, quanto para os investidores.
“Porque o que nós precisamos também é apoio para aquisição de máquinas que possam acelerar e aumentar a qualidade do nosso produto ou o surgimento de mini- indústrias, nas nossas zonas de actuação”, frisou bernardo Karitoko.
O engenheiro, que actua na região do canal de irrigação do Cafu, na província do Cunene, produz adubo orgânico, a partir do que considera como lixo, que inclui resto de colheita, excluindo apenas metal e vidro.