A fábrica de processamento de trigo no município da Caála, província do Huambo, em funcionamento desde 2014, com uma capacidade para 120 toneladas/dia, absorve 40 por cento da produção dos agricultores familiares familiares. O gestor da fábrica, Felisberto Capamba, disse que a unidade fabril foi criada para trabalhar, directamente, com as comunidades locais, por se encontrar nesta região do Planalto Central de Angola, bastante fértil na produção de trigo.
Referiu que a unidade fabril engloba duas linhas de processamento, sendo uma de farinha e a outra de massa alimentar, com 40 por cento da matéria-prima proveniente das comunidades locais e outros 60 das fazendas da fábrica. Disse estar a trabalhar com 34 cooperativas de camponeses familiares das comunas da Calenga (Caála), Sambo (Chicala-Cholohanga), Calima e Huambo, assim como do município do Londuimbali.
Felisberto Capamba disse que a fábrica tem a responsabilidade social de incentivar e patrocinar, de forma ilimitada, as famílias agrícolas locais, com cedência, algumas vezes, de sementes e fertilizantes, para além da criação de brigadas mecanizadas, com pequenos equipamentos, de modos a se obter a quantidade necessária para a industrialização. Se os grãos de trigo processados fossem importados, sublinhou, o projecto se tornaria inviável e sem sustentabilidade, pelo facto da unidade fabril se encontrar no centro do país, uma situação que envolveria elevados custos nas transacções.