As obras em execussão no país tiveram uma redução de 12,03% no primeiro trimestre de 2023 face aos 22,23% registados no quarto trimestre do ano passado
O Inquérito Trimestral de Avanço e Acompanhamento dos Edifícios em Processo de Construção (ITAEPC) em Angola, divulgados recentemente pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), apontam que até ao primeiro trimestre de 2023 estavam paralisadas 2.916 obras no país. Foram visitadas um total de 3.830 obras durante este período, das quais 914 estão em execução.
De acordo com o INE, comparando as obras em processo entre o primeiro trimestre de 2023 e o quarto trimestre de 2022, regista-se uma diminuição de 12,03%. Segundo indica o documento, com 28,67%, Luanda concentra o maior número de obras em processo no país, se comparado com o quarto trimestre do ano passado, assiste-se a uma redução de 19,53 por cento.
Os destinos das obras são classificados por obras residenciais (habitação) com 3.617 e não residenciais (constituído por indústria, comércio, hospitais, escolas, escritórios, igrejas e hotéis) com 213. As obras por propósito, de acordo com o INE, por província está classificada em obras para habitar com um total de 3.125, uso próprio com 575 e propósito misto com 130.
Entretanto, em termos geográficos, na categoria destacamse, Luanda com 28,86%, Cuanza Sul com 14,14%, Huambo com 8,64%, Lunda Sul com 7,83%, enquanto na não residencial destacam-se Luanda com 19,72%, Bié com 14,08%, Cuanza Sul com 10,80%, Bengo com 8,92% e Uíge com 7,98%.
O documento indica que as províncias que concentraram maior área bruta em metros quadrados, no trimestre em análise são o Zaire com 278.755, Luanda com 120.716, Lunda Sul com 105.665, Cuanza Sul com 54.709 e Bié com 53.170.
Na categoria das obras para habitar destacam-se Benguela com 19,94%, Luanda com 12,20%, Cuanza Sul e Uíge com 10,58%, cada uma e Cabinda com 8,69%.
Relativamente ao uso próprio destacam-se Zaire com 28,0%, Uíge com 22,61%, Huila com 8,87%, Bié com 7,13% e Luanda com 6,61%, respetivamente.
Mais de 93 milhões de kwanzas em mão-de-obra
As obras em processo de construção no primeiro trimestre de 2023 declararam um custo médio mensal da mão-de-obra em Kwanzas, no valor de 93.175.824. Este custo está distribuído por residencial com 78.854.798 e não residencial com 14.321.026.
A recolha da força de trabalho envolvida na construção de edifícios no primeiro trimestre de 2023 está subdividida em três variáveis, de acordo com os dados do INE, nomeadamente Permanente, Subcontratada e Não Remunerada.
Durante o período em análise estiveram envolvidos na construção de edifícios trabalhadores, 4.617 permanentes, 997 subcontratados e 117 não remunerados.
Quanto ao efectivo de trabalho, os que possuem vínculo permanente apresentam uma redução de 5,47 pontos percentuais (p.p) em relação ao quarto trimestre de 2022.
O Inquérito Trimestral de Avanço e Acompanhamento dos Edifícios em Processo de Construção (ITAEPC) é um indicador que tem como objectivo produzir informação de base para caracterizar e conhecer o avanço da construção de edifícios privados nas principais cidades do país.
Por: Francisca Parente