A Fly Angola fez na Quinta-feira, 29 de Fevereiro, a primeira ligação aérea com a Ilha de São Tomé e, na sequência, estendeu na Sexta, 1 de Março, a ligação com a Ilha de príncipe, que passará a receber vôos da companhia angolana, um marco que segundo as autoridades locais vai contribuir no crescimento da economia e aproximar ainda mais os dois povos
O presidente do governo da Região Autónoma de Príncipe, em São Tomé, Filipe Nascimento convidou os empresários angolanos a investirem na Ilha, particularmente no sector do turismo, que é o motor da economia local.
Em entrevista ao jornal OPAÍS, à margem do vôo inaugural da companhia angolana Fly, Filipe Nascimento disse que o Investimento Directo Estrangeiro (IDE) tem si- do um grande activo para a Ilha e estende o convite aos empresários angolanos para este fim.
Como condições para quem pretende investir, Filipe Nascimento fala de uma legislação propícia para fomentar o sector que protege os investimentos e empresários. “Os angolanos estão aqui próximos e falam a mesma língua que nós. Por isso, temos boas perspectivas para oferecer aos empresários angolanos, assim como de turistas que virem para cá”, explicou o responsável.
O jovem de 34 anos que há três anos conduz os destinados da Ilha, disse que “o turismo é o motor da nossa economia e através dela dinamizamos outros sectores, como a agricultura e pecuária, pescas e serviços”, acrescentando que o sector do turismo está em crescimento Ganhos com a Fly Filipe Nascimento disse não ter dúvidas que a companhia angolana Fly vai aumentar o número de turistas na Ilha e, desta forma, ampliar o emprego e dinamizar a economia local, particularmente a nível das unidades hoteleiras e similares, assim como na agricultura e pescas.
Neste momento, esta Ilha, que juntamente com São Tomé formam as maiores províncias, tem cinco hotéis, 20 residenciais, mas espera-se que neste ano nasçam pelo menos mais dois hotéis e residenciais. Para o responsável de Príncipe, com a entrada em cena da Fly, os residentes da Ilha vêm assim minimizadas as dificuldades para se deslocarem a São Tomé e Angola, tendo destacado a concorrência e baixa de preços como outros ganhos. Até ao momento, em São Tomé e na Ilha de Príncipe viajava apenas, de Angola, a TAAG. Com a Fly, os são tomenses vêm, assim, alargada a oferta e preços diversificados.
“Estamos expectantes que os preços venham a reduzir e acompanhar um pouco aquilo que é o poder de compra da população de Príncipe”, disse. Frisou que a presença da Fly Angola no seu país vem preencher a falta de vôos que se registava em vários dias da semana, facilitando a normal circulação de pessoas e bens. “Há muitos habitantes de Príncipe que têm familiares a residirem em Angola. Com a ligação da Fly têm oportunidade de visitar os seus familiares a qualquer momento”, considerou o presidente do governo da Região Autónoma de Príncipe. Já o director-geral da Fly Angola, Belarnício Muangala informou que as ligações da companhia angolana com a Ilha de Príncipe far-se-á às Quintas e Sábados.
A Fly Angola fez na Quinta-feira, 29 de Fevereiro, a primeira ligação área com a Ilha de São Tomé e, na sequência, estendeu na Sexta, 1 de Março, a ligação com a Ilha de Príncipe, que passará a receber voos da companhia angolana. Belarnício Muangala diz que a concorrência é salutar para a economia, mas realça que a sua em presa olha mais para o caminho da complementaridade, pois, no fim, sublinha, o país é quem ganha. É a primeira rota internacional da Fly Angola que conta com três aeronaves para o efeito, e conforme Belarnício Muangala, espera que a abertura desta rota venha a contribuir para a ligação dos dois países. Ainda no primeiro semestre deste ano, a Fly prevê a abertura da segunda rota internacional para a Namíbia, um processo que o gestor garante já estar em curso.
200 angolanos vivem em Príncipe
O presidente do governo da Região Autónoma de Príncipe disse que o seu território controla aproximadamente 200 angolanos que “estão muito bem integrados”, assim como os moçambicanos e os de outras nacionalidades. Estes cerca de 200 angolanos, conforme o responsável, trabalham em todos os ramos de actividade da Ilha, à semelhança dos cidadãos locais.
Filipe Nascimento disse que o actual embaixador de Angola no seu país tem feito um trabalho de reaproximação, no âmbito consular, e de contactos com muitos angolanos residentes na Ilha de Príncipe. Neste ano de 2024 está previsto a realização de um Censo para determinar com exactidão o número de pessoas da Ilha, mas as projecções, segundo o presidente Filipe Nascimento apontam para 10 mil habitantes.