Portugueses compraram 11 das últimas 26 unidades privatizadas pelo Governo angolano, no âmbito do programa de privatizações (PROPRIV), dirigida pelo Instituto de Gestão de Activos e participação do Estado (IGAPE)
Os dados foram apresentados durante o evento Doing business Angola, realizado na semana finda, em Portugal, pelo IGAPE. Este cenário ilustra a relevância que Portugal dá ao mercado angolano, e que ao mesmo tempo revela a proximidade e consequente afinidade entre os dois Estados. Segundo empresários lusos que participaram no encontro justificam a posição com o facto de estar à baila a privatização da Sonangol.
A maior empresa de Angola é também accionista de importantes empresas portuguesas, como BCP e a Galp, o que aumenta o interesse dos portugueses no acompanhamento dos processos de privatização. Angola tem vários activos por privatizar, de vários segmentos de mercado. Neste universo, destaque para a Sonangol e a Endiama que constam no pacote de activos por privatizar.
O programa de privatizações começou em 2019, tinha término previsto para 2023, mas várias, entre as quais a COVID-19, levaram a que fosse arrastado até ao ano de 2026, estando disponível privatizar 50 activos. Lembrar que o presidente da República, João Lourenço, aprovou, este ano, através do Decreto presidencial N.º 78/23 de 28 de Março, a prorrogação do período de execução do programa de privatizações – PROPRIV, para o período 2023 – 2026.