O Chefe do Governo português anunciou o reforço quando discursava na abertura das conversações entre as delegações de Angola e Portugal, que tiveram lugar no Palácio Presidencial, na sequência da visita oficial que efectua desde terça-feira, 23, ao país, a convite do Presidente da República, João Lourenço.
Disse que esta linha de crédito não está esgotada, pois “temos ainda alguma quantia significativa”, cujos processos para os quais deverá ser usado o dinheiro estão ainda em fase de apreciação.
Para Luís Montenegro, a linha de crédito ajudará as empresas portuguesas que operam em Angola e o governo a efectuarem investimentos em infra-estruturas e noutros domínios que possam favorecer a diversificação da economia angolana e criação de condições para o desenvolvimento do país.
Por outro lado, afirmou que estar em Angola, ao fim de três meses do seu mandato, significa que Portugal atribui à cooperação entre os dois países a maior prioridade, pelos laços de amizade e de ligação histórica incessante, desde que o país ascendeu à independência.
Apontou os sectores da educação, justiça, cultura, preservação e fomento da língua portuguesa, bem como o económico, como os principais por onde passa a cooperação que tem olhado, essencialmente, para o bem-estar dos dois povos.
Cinco mil empresas portuguesas
Angola é um dos principais parceiros comerciais de Portugal, sendo o 9.° cliente de bens portugueses e 11.° fornecedor da nação lusa.
Quase cinco mil empresas portuguesas exportam para Angola, tendo atingido, em 2023, os 2,2 mil milhões de euros em bens e serviços exportados para Angola (um euro equivale a cerca de 900 kwanzas).
Este desempenho manteve Portugal, logo depois da China, como o segundo principal fornecedor do mercado angolano, ao lado das mais de mil e 250 empresas com capital português ou misto, que operam e investem em quase todos os sectores da economia angolana.
As construtoras são as pontasde-lança da presença económica de Portugal em Angola, empregando largas dezenas de milhares de trabalhadores, na sua grande maioria cidadãos angolanos.
Também o agroalimentar e o agroindustrial, as energias renováveis, a indústria transformadora, a banca, as tecnologias de informação e telecomunicações, a metalomecânica, a água, o saneamento e o sector farmacêutico juntam-se ao leque de negócios lusos.