Portos e logística, agricultura, mineração, energias e águas, e telecomunicações são os sectores que a Câmara de Comércio Angola/Canada apadrinha neste momento, tendo em conta o Plano de Desenvolvimento Nacional estabelecido pelo Executivo angolano
Os portos de Angola vão estar representados na feira de transporte e lógica do Canada. Esta é uma uma oportunidade para as instituições angolanas obterem financiamento para expansão e outros investimentos.
“Já identificamos muitos interesses do Canadá para essas áreas, ao mesmo tempo que há interesse dos nossos portos em obter financiamento para expansão e outros investimentos”, disse o vice-presidente da Câmara de Comércio Angola/Canadá, Adulay Balde.
Em relação à adesão, explica que estão a trabalhar com o Porto de Luanda que está a facilitar, por via do seu presidente, o contacto com outros portos, pois é ao mesmo tempo presidente da Associação dos Portos de Angola. Até agora, a cooperação, mediada pela Câmara tem maior enfoque ao sector da mineração. De acordo com Adulay Balde, na última missão que esteve na maior feira de mineração do Canadá – PDCA foram realizados todos os encontros agendados com empresas da mineração, o que satisfez os integrantes da delegação.
“Essa missão é das que deu maiores resultados até agora. Foram realizados mais de 12 encontros. Fizemos outros fóruns com sectores fora da mineração. Estivemos com representantes da Agência de Promoção de Negócios do Canadá, que indica os financiadores e facilita os projec- tos”, disse. Acrescenta que ficou a promessa de uma maior aproximação e ver-se, de acordo com o interesse das partes, como é que podem ser dinamizadas as relações. A câmara definiu seis sectores principais com os quais está a trabalhar desde a sua criação, e aqui realce para o mineiro, que por sinal é dos mais fortes do Canadá.
Portos e Logística, Agricultura, Mineração, Energias e Águas, e Telecomunicações são os escolhi- dos para trabalhar nesta primeira fase. “São estes sectores que a câmara apadrinha neste momento, tendo em conta o Plano de Desenvolvimento Nacional estabelecido pelo Executivo angolano. Em todo o caso, essa é a primeira vez que levamos uma missão aonde a mineração esteve em destaque, apesar de ser multissectorial”, observou.
Na recente missão, estiveram as empresas Catoca, Endiama, Porto de Luanda, EGTI, representante do Ministério dos Petróleos e Recursos Minerais, dentre outras. Na próxima edição, avançou, Angola terá direito a um pavilhão na feira que terá lugar de 03 a 06 de Março do próximo ano, virada para o sector mineiro. Realça o encontro com a Vice-primeira ministra canadiana e ministra das Finanças, que esteve na feira e saudou a presença de Angola no evento.
“Durante a curta conversa, a governante, que já foi ministra do Comércio e também das Relações Exterior, queria saber se tínhamos alguma dificuldade na obtenção de vistos ou de outra natureza. Felizmente não temos dificuldades nenhuma e está a ser bom para o aprofundamento da cooperação”, valorizou. Quando olha para a cooperação entre os dois países, o responsável afirma que houve avanços significativos, uma vez que o Canadá passou a olhar para Angola com outra perspetiva, resulta- do do maior volume de informação que passou a dispor.
Produtos agrícolas de Angola esperados no Canadá O Canadá continua aberto para receber produtos agrícolas de Angola, desde que tenham qualidade para serem exportados. Quem o diz é Adulay Balde, o vice-presidente da Câmara de Comércio Angola/Canadá. “Estamos a preparar o caminho para que essa possibilidade se realize no curto prazo. Neste momento estamos a contactar as fazendas para conhecermos as suas capacidades em termos de fornecimento de alguns produtos que o Canadá precisa”, avançou.
Argumenta que o trabalho visa as- segurar o fornecimento contínuo de produtos do campo para que não haja um comprometimento e depois falhar-se a meio do contra- to. Só depois é que serão os empresários canadenses. Em relação aos produtos, afirma que serão todos aqueles, – funda- mentalmente os tropicais – que o país americano não cultiva. “Até o peixe entra nas contas. É muito caro no mercado canadiano. Canadá pode ser uma boa oportunidade para os empresários do sector pesqueiro”, considerou. Café entra igualmente nas contas. Sobre este produto, Balde diz que na próxima missão vão levar o “bago vermelho” de Angola para que os canadianos sintam o cheiro.