O presidente do conselho de administração do Porto Comercial do Lobito, Celso Rosas, tem nos investimentos que se prevêem na aquisição de equipamentos e meios de produção, por parte da Atlantic Lobito Railway-SA, que gere o porto mineraleiro, e a AGL , concessionária gestora do porto polivalente, a garantia de melhoria para o desempenho dos terminais explorados
Em declarações à imprensa, recentemente, à margem do seminário metodológico sobre o novo modelo de gestão do Porto Comercial do Lobito, o responsável lembrou que a acção da sua administração, actualmente, à luz dos contratos de concessão, se resume, fundamentalmente, em promover e desenvolver processos cujo fito é o de consolidação da regulamentação da actividade portuária em lsi, sem, no entanto, perder de vista a questão relativa à fiscalização de actos operacionais dos que exploram os terminais entregues às aludidas entidades privadas, mediante expediente de concurso público.
Celso Rosas salienta que, por conta disso, a estrutura organizacional da empresa se alterou, estando em curso, por ora, um processo de adequação à nova realidade vivida, por via de um amplo processo de formação de quadros, de modo que se compreenda melhor as mudanças ocorridas.
“Para que possamos ter sucesso no nosso trabalho, estamos a enriquecer as pessoas através de fornecimento de matérias, de dados, de legislação, regulamentos, políticas, métodos de trabalho, para que, na verdade, cada um, no âmbito do seu desempenho, possa dar o melhor de si”, sustenta o PCA.
O responsável faz balanço positivo dos indicadores do processo de «porto senhorio», embora sinalizasse que as vantagens propriamente ditas hão-de ser sentidas à medida que se for avançando. Ponto assente, sublinha, é que o porto funciona normalmente e os operadores, nomeadamente a AGL, no porto polivalente, e a LAR, no terminal mineraleiro, estão a cumprir com o papel nos termos do acordo convencionado com o Estado.
“Sentimos e sabemos que estes novos operadores estão já a fazer investimentos. Sabemos que há já praticamente processos de aquisição de mais equipamentos, de mais meios produção, com vista ao melhoramento do desempenho de cada um dos terminais”, considera Rosas, que enaltece a cooperação existente entre a sua direcção e as concessionárias.
Em relação aos investimentos, este jornal sabe que a LAR está à espera de 500 milhões de dólares por parte dos Estados Unidos da América. O PCA do Porto Comercial do Lobito manifesta-se também satisfeito com o funcionamento da ferramenta «Janela Única Portuária», que envolve, de entre outras áreas, alfândegas, polícia e importadores, dando nota de que, através da qual, os processos se centralizam e se concentram, visando conferir mais celeridade e rapidez.
Parceria com o INAMET
Dada a sua especificidade operacional, o Porto Comercial do Lobito está como que «condenado» a andar de mãos dadas com o Serviço de Meteorologia e Geofísica (INAMET), cujos responsáveis intervieram no seminário, promovido pela entidade portuária.
Celso Rosas está satisfeito com o facto de a instituição em causa dispor de ferramentas úteis capazes de contribuir para o melhor desempenho da actividade portuária, de sorte que se prevêem estabelecer um acordo “para tirarmos o maior proveito daquilo que são hoje essas ferramentas ao serviço do INAMET”, realça, ao sustentar que o acordo se vai resumir em um contrato de prestação de serviços, por via do qual a sua empresa vai passar beneficiar de todos os serviços do INAMET.
POR:Constantino Eduardo, em Benguela