O governante, que falava durante o lançamento do programa Social de Sustentabilidade do Porto de Luanda, de- fendeu ser imprescindível que se aumente o seu volume de negócios por via da crescente captação de tráfego, que alargue as ligações com o interior do país e que fomente a intermodalidade.
No seu ponto de vista, a que apostar também na melhoria da oferta logística, tendo em conta que já definiu como prioridade estratégica a aposta no crescimento da sua actividade e na eficiência das suas operações.
“Modernizar os equipamentos, formar devidamente os trabalhadores (desde a base até ao topo), implementar procedimentos éticos e rigorosos, monitorizar com eficiência as actividades dos concessionários são acções sem as quais a sustentabilidade da Instituição não será uma realidade para as gerações vindouras”, detalhou.
Para Rui Carreira, é cada vez mais relevante que se olhe atentamente para os critérios de am- biente, responsabilidade social e governança para que seja acautelada não só a sua sustentabilidade futura, enquanto empresa e infra- estrutura geradora de riqueza para o país, mas também a sua contribuição para o aumento da qualidade de vida dos seus trabalhadores e das comunidades envolventes que interagem diariamente com a actividade do Porto de Luanda. “Queremos que o Porto de Luanda se mantenha como um pilar do sector dos transportes e uma das empresas mais representativas da e para a nossa Nação”, enfatizou.
Programa com fundo de mais de 800 milhões de kwanzas para 2024
Já o administrador do Porto de Luanda, João Fernandes, disse que “o programa de responsabilidade social e sustentabilidade do Porto de Luanda foi criado no ano passado e dispõe de uma quantia de 800 milhões de kwanzas para ano de 2024”.
João Fernandes salientou que a abertura de candidaturas teve início no dia 10, sendo que os projectos apresentados serão avaliados, como é caso do projecto Pro-jovem, e está aberto a organizações não- governamentais.
A título de exemplo, manifestou que se pretende estabelecer um acordo com a União de Artistas Plásticos, entre outras associações que podem financiar. “Este é um valor inicial, consoante o surgimento dos projectos de responsabilidade social, o valor poderá aumentar”, garantiu.
Aposta na construção de estação de tratamento de Águas Residuais
Por sua vez, a directora de Sustentabilidade e Compliance do Porto de Luanda, Aurora dos San- tos, referiu que o programa, denominado EKANDA, que na língua quimbundu significa Nação, tem como foco ensinara responsabilidade para com as comunidades.
“A academia do Porto de Luanda terá o papel de criar uma Cultura de Sustentabilidade, através de workshops/palestras, para os colaboradores em torno de te- mas como: o que é a sustentabilidade?; Por que é que hoje falamos tanto em sustentabilidade?; Como é que cada um de nós pode tornar- se um agente de sustentabilidade”, frisou, salientando que levarão esta accção formativa também às escolas e universidades.
Segundo a responsável, o Por- to de Luanda-EP, em colaboração com o Governo Provincial de Luanda, vai construir uma Estação de Tratamento de Águas Residuais. Este projecto resulta da necessidade da empresa dar o seu contributo para melhoria das condições de salubridade do ambiente, em meio terrestre e marítimo.
Por outro lado, apontou a necessidade de se proceder à recolha e tratamento de águas residuais domésticas, águas residuais industriais, águas residuais dos navios, resíduos sólidos, bem como eliminar focos de poluição com efluentes e resíduos sólidos provenientes das valas de drenagem.
A sua sugestão se deve ao facto de que, actualmente, tais águas contaminam, de modo severo, as águas do mar adjacentes ao porto de Luanda. Aurora dos Santos defende que ao se proceder desta maneira estar-se-á a contribuir no combate à proliferação das doenças associadas aos focos de poluição por efluentes e resíduos sólidos.
“Além da Estação de Tratamento de Águas Residuais, a empresa prevê a construção de uma subestação no Porto de Luanda para o fornecimento ininterrupto de energia a todos os Terminais, de modo a aumentar a qualidade de energia eléctrica, a fim de eliminar os geradores em todo recinto portuário”, disse.
A gestora ressaltou que, no Por- to de Luanda, o Terminal da Sonils tem implementado um sistema que já permitiu a redução de 10% do consumo de energia proveniente de fontes fósseis.
Com a implementação dos ecopontos no recinto portuário, se reduziu significativamente a quantidade de resíduos destinados aos aterros sanitários, contribuindo para o reaproveitamento de resíduos, como plástico, vidro, papel e latas.
“A Rede Pró-Jovem é uma iniciativa que vai reunir instituições que trabalham com o tema Juventude para propiciar formação aos seus gestores e qualificar o trabalho que fazem através de metodologias que possam promover o seu desenvolvimento