O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) mostra-se comprometido em capacitar mulheres angolanas em técnicas de gestão, para dar resultados em negócios, através de um ciclo de formação que decorre esta semana, em Luanda, em que se encontram envolvidos mais de 30 representantes de cooperativas de pesca artesanal
A responsável pela unidade de desenvolvimento da economia sustentável do PNUD, Carla Serrão, explicou que o objectivo da capacitação dos responsáveis de várias micro e médias empresas do sector da pesca artesanal enquadra-se no âmbito do desenvolvimento da economia azul em Angola.
A iniciativa tem origem numa colaboração feita com o Ministério das Pescas e Recursos Marinhos, no intuito de levar as empresas a adoptarem práticas sustentáveis no ramo da pesca artesanal, no país, tendo a ministra Carmen dos Santos admitido não estar a funcionar dentro dos parâmetros desejados.
Carla Serrão deu a conhecer que a “gestão por resultados” é um dos problemas que muitas organizações enfrentam em Angola, esclarecendo que foi através dessa dificuldade que o PNUD achou a oportunidade de contribuir com ensinamentos que melhorem a capacidade de gestão dos responsáveis de projectos.
“Nós vamos estar aqui para uma se- mana intensiva, e o objectivo é ministrar uma formação em gestão de micro-negócio e associativismo. A intenção é retirar as pessoas do abstrato e levá-las no activo para trazerem resultados”, disse.
Conforme Carla Serrão, estão a ser formados cerca de 35 integrantes pertencentes às cooperativas de pesca artesanal, distribuídas nas zonas de Icolo e Bengo, Cacuaco, Ilha, Samba e Cabo Ledo, como por exemplo a AMAPACA, APASIL e WIMANGOLA.
Agrupados em grupo de seis elementos, os mais de 30 formandos serão acompanhados a partir da teoria até ao alcance dos resultados pré-estabelecidos por grupo, representantes de empresas ou associação, orientados a determinar um objectivo ou resultado definido ao longo do desenvolvimento do micro-negócio.
“Vamos trabalhar as etapas todas da fase de gestão de cada projecto e, no final, vão apresentar todos os passos de construção de gestão desenvolvidos durante a semana de formação”, garantiu.
Beneficiários A vice-presidente das mulheres marítimas de África para os países de expressão portuguesa, Francisca Delgado, participante e representante de quatro cooperativas, afirma que participar da formação tem como objectivo melhorar o conhecimento de como orientar a prática de gestão de recursos pesqueiros.
A responsável explicou ainda que a formação veio ensinar as bases da arte de pesca artesanal para a comunidade que a pratica, numa altura em que se quer uma pesca sustentável, visando a preservação e melhor aproveitamento dos recursos pesqueiros de África.
POR:Adelino Kamongua