O barril de petróleo Brent para entrega em Maio, ontem, segunda-feira 12, abriu em baixa no mercado de futuros de Londres, cotado a USD 65,43, uma queda de 0,13% em relação ao fecho da sessão anterior. Na sessão de Sexta-feira passada, o petróleo do Mar do Norte, referência para as ramas angolanas, fechou a USD 65,49.
No mercado internacional é destaque o facto de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) estar a passar por uma divisão entre os respectivos membros. De um lado, a Arábia Saudita, que quer preços do petróleo a no mínimo a USD 70 por barril, e no outro, o Irão, que quer em torno dos USD 60. A divisão é causada pela discussão se o preço de USD 70 por barril pode estimular um aumento da produção de óleo de xisto nos Estados Unidos, algo que pressionaria os preços. Estão em jogo os limites de produção estabelecidos pela própria OPEP para evitar queda de preços. A posição do Irão foi confirmada pelo ministro do petróleo, Bijan Zanganeh, em entrevista ao The Wall Street Journal.
O valor alinha com os preços dos contratos futuros na Sexta-feira, de USD 65,49 para o barril Trend, negociado em Londres, e de USD 62,04 nos mercados de Nova York. “Se o preço saltar (para) cerca de USD 70, haverá estímulo à produção de petróleo de xisto nos Estados Unidos”, declarou Zanganeh. Os produtores de xisto são mais ágeis do que os grandes produtores da OPEP, usando técnicas que lhes permitem aumentar ou diminuir a produção segundo o preço do petróleo. A Arábia Saudita minimizou a capacidade do xisto influenciar os mercados e promoveu a aliança da OPEP com o maior produtor de petróleo do mundo, a Rússia, para evitar a maior produção nos EUA.