No âmbito do projecto Apoiar o fortalecimento do Sistema Nacional de Confisco de Activos em Angola (PRO.REACT), Polícia Federal do Brasil capacita quadros do SIC, AGT, PGR e UIF em Curso de Investigação Financeira
Ao falar à margem do curso de investigação Financeira paraAngola, o Presidente do Conselho de Administração da Administração Geral Tributária, José Leiria, afirmou que os crimes ligados às actividades da AGT são crimes que têm como finalidade sonegar e criar situações evasivas do ponto de vista fiscal, “o que prejudica, efectivamente, a receita que pertence a cada um de nós, enquanto integrantes dessa sociedade”, pelo que a troca de experiências, formações, capacitações e melhoramento do nosso know-how, vão garantir que nos tornemos “mais capazes de identificarmos, de forma eficiente, os crimes de natureza financeira”, rematou.
O curso de Investigação Financeira para Angola é um curso que tem como formadores especialistas da Polícia Federal do Brasil, tem como fim capacitar profissionais da Procuradoria-Geral da República de Angola (PGR), da Administração Geral Tributária (AGT), dos Serviços de Investigação Criminal (SIC), da Unidade de Informação Financeira (UIF), do Serviço de Inteligência e Segurança de Estado (SINSE), da inspecção Geral da Administração do Estado e da Comissão de Mercado de Capitais e integra-se no âmbito do projecto Apoiar o Fortalecimento do Sistema Nacional de Confisco de Activos em Angola (PRO.REACT), um projecto que recebeu 2,5 milhões de euros da União Europeia (UE) e visa ajudar na luta contra o branqueamento de capitais.
O referido curso é promovido pela Organização das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (ONUDC), financiado pela União Europeia (UE), decorre até ao dia 27 de Janeiro, e tem como objectivo apoiar o fortalecimento do Sistema Nacional de Confisco de Activos em Angola, assim como desenvolver um sistema eficaz de combate aos fluxos financeiros ilícitos e contribuir para um maior crescimento económico e para a redução da pobreza em Angola.
O acto de abertura da formação contou com a presença do Embaixador do Brasil em Angola, Rafael Vidal, de Juízes Conselheiros do Tribunal Supremo, do representante da União Europeia em Angola, Paulo Simões, e da representante da ONUDC, Manuela Carneiro.