Angola precisa de 700 mil novos postos de empregos anuais para reduzir o desemprego pelo facto de não ter conseguido criar apenas 2,3 milhões de postos de trabalho até ao quarto trimestre do ano passado, conforme o relatório do 3.º trimestre de 2023 do Centro de Investigação Económica da Universidade Lusíadas de Angola (CINVESTEC).
Os investigadores deste centro consideram que a situação do emprego no país é “bastante grave” e afirmam que as alterações nas taxas de desemprego resulta de uma paralisação nominal do emprego, combinada com situações de abandono da força de trabalho por um número significativo de pessoas.
Segundo o relatório, as condições de emprego são muito precárias, forçando quase todas as pessoas de 15 anos em diante a trabalhar. Relativamente ao meio rural, tem uma relevância muito relativa, pois aí quase toda a população activa se dedica à produção agrícola.
O problema na área rural, de acordo com os especialistas, é a falta de mercados, sem os quais uma percentagem enorme da população rural se dedica à mera produção de subsistência, não tendo qualquer reserva monetária ou de outro tipo e vive-se quase exclusiva- mente do que produz para comer.
O abandono da força de trabalho por uma parte da população no meio rural pode sugerir a necessidade da melhoria das condições de vida em que se vive ou a redução da qualidade dos inquéritos após a suspensão nos três primeiros trimestres de 2023.
POR: Francisca Parente