Angola necessita de mais de 250 mil toneladas de sal anualmente para o consumo humano, animal, bem como para indústria transformadora, segundo revelou nesta Quarta-feira, em Luanda, a ministra das Pescas e do Mar, Victoria de Barros Neto, durante abertura do encontro nacional de auscultação com os operadores do sector salineiro do país.
POR: Borges Figueira
O encontro visou essencialmente criar condições para o aumento da produção, bem como melhorar a qualidade e colmatar o défice de oferta nacional com vista a salvaguardar o interesse da produção local e identificar os constrangimentos que provocam a baixa da produção nos últimos anos. De acordo com a ministra Victoria de Barros Neto, o país produz actualmente cerca de 93 mil toneladas, com défice de quase 150 mil toneladas ano.
O desenvolvimento da produção salineira é uma das actividades socio-económicas prioritárias do Executivo angolano, que visa contribuir para a segurança alimentar das populações, bem como criar oportunidades de emprego e crescimento económico das empresas do sector. Para a governante, Angola tem um grande potencial para a produção de sal marinho e condições climáticas favoráveis para atingir a auto-suficiência e criar excedentes para a exportação, com particular realce para o mercado regional. “O Plano Nacional de Desenvolvimento (2013/2017) estabeleceu a meta de 120 mil toneladas para 2017, contando com os investimentos realizados por alguns operadores do sector salineiro nos principais pontos de produção nacional, como sendo a única forma de gradualmente substituirmos a importação deste produto básico na dieta alimentar e não só”, disse.
Segundo a ministra das Pescas e do Mar, o crescimento e desenvolvimento do sector salineiro em Angola deve-se ao apoio no tratamento de 200 hectares de terras, no quadro do programa de ampliação das salinas, bem como à introdução de novas tecnologias para o melhoramento da produção, com a entrada em operação de 20 novas unidades no âmbito do programa “Angola Investe”. O sal é um elemento essencial à saúde humana e animal, por evitar algumas doenças gravescomo o bócio, assim como o aborto prematuro.