Os operadores de turismo na província da Huíla, mostram-se lisonjeados pela facto de Angola constar da lista dos principais destinos do turismo no mundo, porém, defendem que seja feita uma maior atenção que vá de acordo ao potencial turístico do país
João Katombela, na Huíla
A opinião foi manifestada a este jornal pelo Presidente do Conselho Executivo da Associação de Promotores e Operadores de Turismo (Hotour) da Huíla, João Lopes, tendo dito que o Governo ainda presta menos atenção ao sector do turismo, apesar da sua importância no processo de diversificação da economia nacional.
João Lopes, reconhece que nos últimos tempos tem-se registado um emergir do sector do turismo, com a procura dos locais e sítios por turistas internos externos. No seu entender, este sector ainda não está capacitado para atender grandes demandas.
“Se falarmos de uma forma muito pragmática, o turismo tem estado a evoluir, tem-se visto alguma maior procura no Sul de Angola, o próprio turismo interno cada vez mais temos sentido uma melhoria mas agora, o nosso grande problema a nível da Angola, é a estruturação do turismo (…) não temos uma oferta regular” disse.
Para o responsável desta organização de operadores turísticos na província da Huíla, a indicação do país como um dos 28 destinos turísticos a serem visitados neste ano, deve entender-se em duas perspetiva, pelo facto de ser um gesto que faz o nome de Angola vir a ribalta.
A província da Huíla faz parte dos locais que podem ser visitados e que pode trazer por arrasto as províncias do Namibe e do Cunene, tendo em conta as suas riquezas paisagísticas e culturais nesta região Sul de Angola.
Para João Lopes, esta região Sul do país já deu provas mais que suficientes que possui um potencial muito rico, mas falta estabelecer prioridades para alavancar este sector.
“Esta eleição foi um clique que faz o nome de Angola vir a tona, vamos ser alvo de muitas visitas, mas eu pergunto; nós estamos preparados para receber este volume de turistas? Nós temos na região sul, nomeadamente o Lubango por causa dos mumuílas, o Cunene por causa dos Himbas e o Namibe temos o deserto. Temos as belíssimas praias. Nós temos um potencial turístico muito grande, mas temos um investimento quase nulo, naquilo que são as condições práticas para a recepção dos turistas, basta só ver o que é a estratégia do Governo, o turismo não é prioridade, porque não está comtemplado num dos pacotes de apoio ao desenvolvimento da economia” afirmou.