Aumento da bancarização dos habitantes da província da Huíla, bem como elevar o nível de literacia financeira, são os desafios do novo gestor do Banco Nacional de Angola (BNA).
POR:João Katombela, na Huíla
O novo delegado regional do Banco Nacional de Angola na província da Huíla aposta numa atenção redobrada no desenvolvimento da economia nacional, envolvendo todos os sectores indispensáveis. Para alcançar tal desiderato, Sandro Santos, que foi apresentado na Quarta-feira, na cidade do Lubango, província da Huíla, como novo delegado regional da entidade que regula a actividade bancaria na região Sul, defende que só se pode pensar no desenvolvimento socioecónomico do país com uma banca forte.
“Nós entendemos que sem uma banca forte não é possível pensar no desenvolvimento socioeconómico de Angola, daí a nossa responsabilidade neste desafio”, assumiu, acrescentando que não há uma vara mágica, é preciso trabalhar com muito empenho”, realçou. Por outro lado, o novo inquilino da delegação regional da Huíla revelou que, apesar de estar a assumir uma casa com inúmeras dificuldades, os objectivos passam por estipular um programa de acção que viabilize o desempenho cabal da actividade bancária.
Para o feito, sublinhou Sandro Santos, é necessário trabalhar no sentido de estimular mais o crédito bancário e pressionar as imparidades (crédito mal parado) com vista a reduzir os riscos da actividade económica diante da banca. “O sector bancário em Angola já não é novo, e o número de cidadãos bancarizados tende a aumentar e encontra, naturalmente, uma série de serviços e produtos disponíveis, e também pela estrutura da economia nacional e do mercado angolano, tende-se a trabalhar no sentido de estimular cada vez mais o crédito bancário”, apontou.
O gestor bancário referiu ainda que temos problemas relacionados com o risco da actividade económica, no entanto, é crucial trabalhar com todo o sistema financeiro da região, garantindo uma banca virada para os clientes, para o desenvolvimento socioeconómico da região e também para o combate à pobreza. O novo delegado do BNA na Huíla revelou que uns dos principais desafios do seu mandato prende-se com o aumento da bancarização dos cidadãos, para que beneficiem dos demais serviços oferecidos pelos bancos comerciais e públicos. Nesta época do ano, por exemplo, são notórias as enchentes em todas as principais Caixas Automáticas de cidadãos nacionais e estrangeiros, que buscam a satisfazer as suas necessidades diárias.
Sandro Santos referiu que essa realidade tem os dias contados, ressaltando que consta igualmente do seu plano de acção a aproximação dos serviços à toda a população bancária. “Nós estamos também preocupados com o acesso da população aos serviços disponíveis. Notamos que há enchentes enormes nos ATM “espalhados” pela cidade do Lubango. É natural que os clientes bancários recorrem aos bancos para procederem ao levantamento de dinheiro físico, fruto também do peso da economia informal que ainda temos” justificou. Para eliminar este constrangimento, Sandro Santos, pretende o reforço da literacia financeira entre a população bancária, no sentido desta aproveitar todos os serviços disponibilizados pelo sector bancário, como é o caso dos cartões de crédito e débito, que podem ser usados para a aquisição de bens e serviços.