63 propostas para construção de novas refinarias foram apresentados por empresas nacionais e estrangeiras ao Executivo.
Os novos projectos de construção de refinarias no país, apresentados à comissão criada pelo Executivo podem ter impacto positivo na produção de refinados no país, o que poderá, igualmente, baixar os níveis de importação de gasolina, gasóleo e de outros derivados do petróleo. A comissão liderada pela Sonangol com objectivo de analisar as propostas técnicas, económicas e financeiras para a construção de refinarias no país recebeu 63 propostas da parte de empresas tanto nacionais como estrangeiras, informou a empresa estatal em comunicado divulgado esta semana.
O comunicado informa ainda que a comissão reuniu, recentemente, em Luanda, com representantes das empresas interessadas em investir no sector da refinação de petróleo, para a definição de um alinhamento e a apresentação do conjunto de procedimentos a observar por parte das entidades interessadas. “A decisão governamental que 63 propostas para construção de novas refinarias foram apresentados por empresas nacionais e estrangeiras ao Executivo Comércio e Hotelaria criam menos postos de trabalho na Huíla esteve na base do lançamento do concurso para a construção de refinarias em Cabinda e no Lobito teve em consideração o facto da actual produção de refinados no país, pela Refinaria de Luanda, representar apenas 20% das necessidades do mercado”, lê-se.
Outro factor que concorreu para o lançamento do concurso tem a ver com os custos elevados para Angola com a importação de 80% dos produtos refinados de petróleo e a existência de iniciativas, já em fase de materialização, caso da construção de uma refinaria no Lobito, pela Sonangol. A efectivação dos projectos levará à construção de uma refinaria no Lobito, até 2022, com a capacidade de processar até 200 mil barris de petróleo por dia e outra em Cabinda com capacidade por definir, mediante estudos.
O comunicado adianta ter a Sonangol, entretanto, assinado um contrato com a petrolífera italiana ENI para a optimização da refinaria de Luanda, no prazo de 24 meses, que lhe permitirá um processamento de petróleo superior à sua actual capacidade nominal de 65 mil barris/dia. Estes projectos visam tornar Angola auto-suficiente em matéria de produção de refinados, estancar a exportação de divisas com a importação destes produtos, agregar valor às ramas angolanas, criar condições para o desenvolvimento da indústria petroquímica, com potencial de se tornar âncora para o desenvolvimento de um vasto leque da actividade industrial nacional, arrecadar divisas através da exportação de excedentes para os mercados regionais e não só, promover o conteúdo local em matérias- primas e a criação de emprego, entre outros. As empresas interessadas poderão melhorar as suas propostas, de acordo com as informações e critérios que foram apresentados pela comissão até ao próximo dia 10 de Fevereiro corrente, e deverão, entre outros aspectos, evidenciar comprovada capacidade técnicooperacional, experiência no sector da refinação e capacidade, e idoneidade financeira.