O Namibe responde por 75% das pescas em todo o país e regista maior captura, razão pela qual beneficia de 50% da quota que as medidas de gestão estabelecem para captura de 300 toneladas.
Entre as espécies que contribuíram para se atingir estes números, estão o carapau e o caranguejo que, neste momento, se encontram em veda, tendo sublinhado que, após este período, a previsão é atingir as 50 mil toneladas de pescado.
Piedade Goane sublinhou que o principal foco no sector passa pela organização da cadeida pesca artesanal, pelo facto de ser o sector que mais emprega, estando na vanguarda da segurança alimentar.
Para tal, entende ser necessário a legalização de embarcações de pescado que vai para o mar e dotá-las de meios de segurança para que a actividade seja exercida sem grandes sobressaltos.
Nesta senda, referiu que o Namibe beneficiou de pacotes de financiamento para dois projectos avaliados em mais de um milhão de kwanzas. Já as cooperativas recebem micro-crédito no âmbito do projecto Malembe Malembe, lançado pelo Banco Atlântico, e já foram beneficiados mais de 16 projectos dos 45 remetidos no Namibe.
Este projecto para o licenciamento da pesca artesanal não requer muitos documentos para a formalização de toda a ctividade.
Pesca ilegal inquieta armadores
Conforme Piedade Goane, a principal inquietação dos armadores tem a ver com a pesca ilegal nos seguimentos artesanal, semi-industrial e industrial, que estão limitadas em termos de quota, sendo que as artesanais devem efectuar a pesca num espaço de 2 milhas náuticas, ao passo que as embarcações semi-industriais acima das 4 milhas e as industriais acima das 8 milhas náuticas.
“As embarcações industriais invadem zonas reservadas ao segmento semi-industrial e artesanal. Isso resulta na colisão entre os três segmentos”, explicou.
As embarcações semi-industriais circulam numa área em que o foco são espécies pelágicas (carapau, sardinha, cavala) e, quando surgem embarcações industriais, é necessário retirarem as embarcações semiindustriais para não haver colisão.
Produção de sal pode triplicar no final do ano
A província do Namibe dispõe de sete salinas, dentre elas quatro em pleno funcionamento, que atingem uma produção de 15 mil toneladas todo o ano. No entanto, a cifra poderá triplicar nos próximos meses, com a entrada em cena de uma nova salina.
O sal do Namibe é distribuído em várias regiões do país, bem como para a República Democrática do Congo (RDC). Neste momento, o Namibe conta com 39 empresas de pesca e mil e 507 embarcações de pesca artes.