Maior unidade portuária do país registou recuo em termos de movimento de carga, mas de modo geral cresceu em 8%
Em 2023, o Porto de Luanda registou um aumento na movimentação de navios diversos em 8%, comparativamente ao ano passado. Estes números reportam o período de Agosto de 2022 a Agosto do ano em curso, registando-se, para alguns casos, variações acima de 1000%. De acordo com dados da empresa, em termos de atracagem de navios de carga geral, a unidade portuária de Luanda registou, no período que vai de Agosto de 2022 ao período homólogo do ano em curso, 99 navios, contra 120 período anterior, havendo uma queda na ordem de 18%.
Quanto aos navios cruzeiros, em 2022 o porto não teve registo de nenhum, ao passo que até Agosto deste ano já tinham atracado quatro embarcações de grande porte com turistas a bordo, representando um crescimento de 100%. Em sentido contrário, houve um decréscimo em termos de navios de passageiros de 1.324 de 2022, no período homólogo de 2023 o Porto de Luanda viu atracar 1209, uma descida de 9%. Em queda acentuada está o registo de atracagem de navios frigoríficos, pois em 2022 foram seis que chegaram a Luanda, porque depois disso não houve registo nenhum, como atestam os dados estatísticos da empresa.
Relativamente aos navios graneleiros, atracaram dois em 202 e 24 até Agosto do ano em curso, representado um aumento substancial de 1100%, ao passo que os porta-contentores foram 238 contra 233, uma queda de 2%. Na mesma senda, em termos de navios Roll on-Roll off, foram operados 47, contra 43 deste ano, redução de 9%; quanto à actividade petrolífera, foram 1.159 em 2022 e 1.368 este ano, tendo aumentado 18%, já os navios de cabotagem foram 81 no ano passado e 232 este ano, representado um avanço de 186%. No período em análise, o Porto de Luanda atracou sete tanques em 2022, ao passo que este ano foram 17, subindo 147%. Em relação a outras tipologias, o relatório indica que foram dois no ano transacto e um neste ano. No total, foram 2.982 navios em 2022, contra 2.223 deste ano (até Agosto).
Outros portos
Além de Luanda, o país possui outros portos de águas profundas e que movimenta quantidade de carga considerável, mas não superior aos números da unidade da capital do país, que é o maior. No mapa dos portos, o do Lobito, na província de Benguela, é o segundo a seguir Luanda, em termos de movimento de carga e dimensão, jogando um papel preponderante para a economia nacional, sobretudo para a região Centro-Sul, dando suporte logístico aos países encravados, como são os casos da Zâmbia e do Congo Democrático. Seguem-se o de Moçâmedes, na província do Namibe, o de Cabinda, do Soyo, no Zaire, e o Porto Amboim, os dois últimos muito mais virados para actividades de apoio à indústria petrolífera.