Miguel Azevedo contou para este jornal que, nesta fase, o valor líquido das negociações da Mota-Engil está orçado em 300 milhões de dólares, e estima-se superar estes valores em pelo menos 400 até o fim de 2024.
Descreveu que as negociações da companhia é um sucesso, resultado das obras que têm sido desenvolvidas em todo país, desde que nasceu em Angola como empresa há mais de 70 anos. “Neste momento, estamos nos 300 milhões de dólares, sendo que o nosso objectivo é superar os 400 milhões este ano.
Estamos desde Cabinda ao Cunene, desde as barragens às obras que fazem parte da Mota-Engil”, avançou. Destacou que o investimento começou na província de Cabinda, há 70 anos, foi crescendo com o tempo, e agora está presente em todo o território nacional, com realce para os mercados de Benguela, Moxico, Lunda-Sul e Luanda.
No Corredor do Lobito, a construtora, de origem portuguesa, destaca-se como parte integrante do consórcio que gere a vasta linha de comboios, está dedica- da na execução das obras de manutenção da ferroviária, através de um conjunto de operações que incluem substituição de materiais antigos em troca de novas aplicações.
Azevedo quer que haja mais financiamentos para o crescimento das obras ao longo do Corredor do Lobito, reclama a facilitação no acesso às divisas, defendendo que o incentivo, na vertente de realizações de parceria com empresas estrangeiras, poderá trazer grandes benefícios económicos.
Mercado angolano mais aberto
George Sabry, pertencente a empresa internacional DAR ANGOLA, presente há mais de 50 anos no país como um entidade fiscalizadora de obra, em declarações a este jornal, considerou o mercado angolano mais aberto actualmente.
Em termos de reclamações, apontou a falta de matérias-primas para o desenvolvimento dos trabalhos em Angola, justificando que a demora na importação dos materiais tem criado dificuldades às empresas.
Classificou o mercado angolano de forma positiva, tendo reconhecido o nível de desenvolvimento em termos de implementação de projectos, chegando a afirmar ser igual a de outros países já desenvolvidos no mundo.
O empresário George Sabry sugere, como solução das dificuldades no acesso ao materiais de primeira necessidade, a criação de indústria no ramo da construção, para permitir que haja um melhor ambiente de negócios.
POR:Adelino Kamongua