O ministro da Telecomunicações, Tecnologia de Informação e Comunicação Social, Mário de Oliveira, destacou a importância da AICEP para o desenvolvimento tecnológico e económicos da comunidade lusófona e não só
A sua intervenção, ontem, em Luanda, durante o XXX Fórum das Comunicações Lusófonas, uma promoção da Associação Internacional das Comunicações de Expressão Portuguesa (AICEP), o ministro das Telecomunicações, Tecnologia de Informação e Comunicação Social valorizou a iniciativa assim como acentuou o papel importante da organização. O governante afirmou que “um grande ponto da AICEP é a diversidade dos seus membros, com diferentes conhecimentos e necessidades de desenvolvimento digital.
Quando ela se reúne, reúne-se o mais amplo espectro de interesse global e uma riqueza de experiências imensuráveis. Trata-se de um potencial geopolítico, económico e social que urge ser aproveitado, cada vez mais”, considerou, o governante. Entretanto, avisa que não bastam palavras e intenções, é preciso sim, um trabalho contínuo, visando o incrementar das acções no domínio da promoção de trocas de informações, do debate, da formação e do crescimento.
Mário de Oliveira destacou, igualmente, o facto de a organização reunir nove países, estender-se por cinco continentes, integrando 3% da população mundial, fazendo fé nas estatísticas, e produzir cerca de 4,6% da riqueza mundial. Referiu ainda que, ao longo dos seus 30 anos, a AICEP é composta por uma equipa vencedora, que apesar das vicissitudes mantém o foco inicial, neste caso, complementaridade enquanto espaço de convergências dos parceiros do sector das comunicações dos países de língua oficial portuguesa. Por sua vez, o Presidente de Direcção da AICEP, João Coboz Santana, começou por dizer que ao longo dos seus 30 anos de existência os membros da AICEP estiveram em Angola em diferentes actividades.
Nesta senda, destacou que é a quinta vez que este fórum tem lugar na cidade de Luanda. A última vez que estivemos aqui reunidos foi em 2016, quando o tema do fórum foi a transformação digital na era do consumidor. João Coboz Santana lembra que 1995, 2003, 2010 foram outros anos em que os membros desta organização se reuniram, em Luanda, para abordar assuntos ligados às conectividades. “Este fórum tem lugar num período de grandes incertezas e com alguns e importantes desafios, não apenas em termos gerais pela complexidade da situação geopolítica na Europa, com consequências económicas e sociais relevantes à escala global.
Assinala-se também a inflação, com a subida dos preços dos bens alimentares e da energia, mas também em termos específicos das economias digitais e das comunicações”, disse. João Coboz Santana entende ser necessário o desenvolvimento das nações digitais, o aumento das infra-estruturas digitais, que vão responder o imperativo da ligação de todos. Não menos importante é uma melhor protecção dos sistemas aos ataques cibernéticos. Os participantes ao fórum de- bateram temas como “Segurança das Comunicações”, “O Cockpit do CEO”, “As Nações Digitais” e “O Futuro das Redes Sociais”.
Sobre a AICEP
Com sede em Lisboa, é a 1.ª associação empresarial dos países de língua oficial portuguesa e a única associação mundial que congrega Correios e Encomendas, Telecomunicações e Comunicações Electrónicas, Conteúdos e Media (televisão) e Órgãos Reguladores, constituindo um espaço de convergência dos parceiros do sector das comunicações, com extensos planos de formação e cooperação para o desenvolvimento.