Em um cenário marcado por décadas de desafios económicos e recentes avanços pontuais, o ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, será o protagonista da II edição das Conversas Economias 100 Makas, evento que inaugurará a temporada de 2025 e promete debater “O Estado da Economia Angolana: Onde Estamos e para Onde Vamos”
Durante o evento, a realizar no dia 2 de Abril, às 8 horas, em uma das unidades hoteleiras de Luanda, Massano apresentará um keynote speech de 100 minutos para uma plateia composta por mais de 500 representantes das elites política, empresarial e académica.
Segundo o comunicado de imprensa ao qual este jornal teve acesso, a sua intervenção deve responder a importantes questões sobre o actual estado da economia angolana, à luz de um histórico de instabilidade, inflação elevada e desafios estruturais, mas também destacando os pontos de recuperação e os planos para um crescimento sustentável e inclusivo. A economia enfrenta um período de intensas transformações.
Desde o choque petrolífero de 2014, agravado, posteriormente, pela pandemia global e pelo conflito na Ucrânia, o país tem lutado para superar um período prolongado de baixo crescimento, inflação persistente, instabilidade cambial e elevados níveis de endividamento público. Em meio a este cenário adverso, dados recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE) e do Banco Nacional de Angola (BNA) apontam sinais de recuperação, ainda que graduais.
Segundo informações do INE, o Produto Interno Bruto (PIB) registou um crescimento de 5,5% no terceiro trimestre de 2015, o ritmo mais elevado do país naquele período, sinalizando um potencial de retomada que, apesar das adversidades históricas, permanece latente.
Paralelamente, a inflação vem desacelerando de forma consistente há seis meses consecutivos, enquanto a taxa de câmbio do Kwanza frente ao dólar se mantém estagnada, pouco acima dos 900 kwanzas por dólar, conforme o controlo do BNA. Nesta conjuntura, a ministra das Finanças, segundo o documento, tem reafirmado que a dívida pública está “no bom caminho”, destacando a importância de celebrar pequenas vitórias que, juntas, podem impulsionar a economia rumo a um futuro mais próspero.
Contudo, os agentes económicos saíram de 2024 com sentimentos ambíguos, enquanto a confiança das empresas atingiu níveis máximos desde 2011/12, o pessimismo das famílias ainda evoca recordações do período pandémico.